19/06/2024 às 09h54min - Atualizada em 19/06/2024 às 09h54min

​Servidores ambientais federais aprovam greve em 17 estados e no DF

Paralisação começa dia 24 de junho em nove estados e amplia-se em julho para oito unidades da federação

- Da Redação, com Agência Brasil
Foto: Reprodução Instagram / Ibama
Os servidores federais ligados aos órgãos ambientais, representados pela Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema Nacional), aprovaram em assembleias a greve por tempo indeterminado a partir do dia 24 de junho em 17 estados brasileiros e no Distrito Federal. A decisão foi tomada após seis meses de negociações sem avanços com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
 
As assembleias que autorizaram a greve ocorreram em nove estados: Acre, Espírito Santo, Goiás, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Tocantins. Em outras oito unidades da Federação, incluindo Distrito Federal, Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina e São Paulo, a paralisação está prevista para iniciar em 1º de julho. Apenas o Ceará rejeitou a adesão à greve em sua assembleia, enquanto outros estados ainda estão programando suas decisões, o que pode ampliar a mobilização nacional.
 
Os servidores já haviam suspendido atividades de fiscalização e licenciamento desde janeiro, mas a greve agora afetará todos os serviços, incluindo os administrativos. A principal reivindicação da categoria envolve a reestruturação da carreira, buscando reduzir disparidades salariais e incluir benefícios como a gratificação de atividade de risco e a incorporação na Lei de Fronteiras.
 
A paralisação dos servidores ambientais já causou impactos significativos, como a redução em até 80% das operações de fiscalização na Amazônia e 60% no restante do país. Isso afetou desde a importação de veículos até o licenciamento de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Além disso, há preocupações com o aumento dos incêndios florestais devido à falta de normalização das operações de combate ao fogo em importantes biomas brasileiros.
 
Em resposta às reivindicações, o Ministério da Gestão informou ter feito uma proposta de reajuste salarial que prevê aumentos significativos para a categoria, aguardando uma resposta formal dos servidores. Enquanto isso, a Ascema Nacional destaca a necessidade de soluções urgentes para evitar maiores impactos ambientais e econômicos decorrentes da paralisação.

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