​Frigoríficos se comprometem a monitorar origem do gado no Cerrado

Empresas assinam protocolo para garantir compra responsável e evitar problemas socioambientais

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JBS, Marfrig, Minerva, Frigol e Masterboi, cinco importantes processadoras de carne no Brasil, deram um passo em direção à sustentabilidade ao assinarem protocolo de monitoramento voluntário da origem do gado na região do Cerrado. Esse compromisso, anunciado na quarta-feira (24) pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), visa garantir que as cadeias de fornecimento não estejam vinculadas a problemas socioambientais.

O Protocolo do Cerrado, desenvolvido em colaboração com organizações como Imaflora, Proforest e National Wildlife Federation (NWF), conta com a participação de importantes varejistas, como Grupo Pão de Açúcar, Carrefour Brasil e Arcos Dourados, e é respaldado por contribuições da WWF Brasil, indústria alimentícia e Ministério Público Federal (MPF), entre outros.

Segundo Isabella Freire, diretora executiva da Proforest, o protocolo é uma resposta às crescentes demandas do mercado por uma produção mais sustentável. Ela destaca a importância de equilibrar a proteção dos recursos naturais e dos direitos humanos com as realidades da produção no campo.

O bioma Cerrado, que abriga cerca de 36% do rebanho brasileiro e mais de 63% da produção de grãos do país, é alvo desse compromisso. O Protocolo do Cerrado estabelece parâmetros como conformidade com o Cadastro Ambiental Rural (CAR), identificação de áreas de desmatamento e supressão de espécies nativas, além de analisar questões como trabalho escravo e embargos ambientais.

Implantado na Amazônia desde 2019, o Protocolo do Cerrado representa um avanço significativo na promoção da pecuária sustentável e na mitigação dos impactos ambientais. A expectativa agora é que mais frigoríficos adiram ao protocolo.