19/12/2023 às 09h12min - Atualizada em 19/12/2023 às 09h12min
Rússia renova cotas de importação de carnes brasileiras
Renovação das cotas de carne de aves e bovina abre oportunidades para a expansão das exportações do Brasil para o mercado russo
- Da Redação, com CarneTec
Foto: Reprodução A Rússia atualizou suas cotas de importação para carnes e mantém cenário favorável para as exportações brasileiras no setor. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) do Brasil na última sexta-feira (15), foram renovadas as cotas de importação de 364 mil toneladas para carne de aves, com tarifa zero, e de 570 mil toneladas para carne bovina, com redução da tarifa de importação de 50% para 15%.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) enxerga na renovação da cota russa para importação de carne de aves com tarifa zero uma oportunidade significativa para a expansão das exportações de carne de frango brasileira. Luis Rua, diretor de Mercados da ABPA, enfatizou que as vendas de carne de frango do Brasil para o mercado eurasiático demonstraram um crescimento sólido ao longo de 2023, prevendo-se uma expansão ainda maior dessa parceria.
Segundo dados do Mapa, as exportações brasileiras de carnes bovina e de aves para o mercado russo, que atingiram US$ 278 milhões em 2022 e representaram 15,4% da pauta de exportação brasileira para o país, continuam a crescer em 2023.
No período de janeiro a novembro do mesmo ano, as importações russas de carne de frango brasileira totalizaram 43,6 mil toneladas, um aumento de 44,2% em comparação com 2022, gerando uma receita de US$ 81,2 milhões. Apesar do Brasil já ter a Rússia como o 24º principal destino de carne avícola, o presidente da ABPA, Ricardo Santin, ressalta uma tendência promissora para um crescimento ainda maior desse mercado nos próximos anos.
Além das cotas renovadas pela Rússia, o Mapa informou que a União Econômica Eurasiática (UEEA) anunciou cotas específicas para a importação de 124,5 mil toneladas de carne bovina, destinadas principalmente ao processamento. Dessas, 100 mil toneladas são direcionadas ao mercado russo, enquanto o restante é distribuído entre os outros quatro países membros (Bielorrússia, Armênia, Cazaquistão e Quirguistão). Essa cota terá vigência de janeiro a dezembro de 2024, consolidando ainda mais as oportunidades de comércio para o setor de carnes entre essas nações.