03/07/2024 às 09h24min - Atualizada em 03/07/2024 às 09h24min

​"Precisamos colocar a carne na cesta básica", diz Lula sobre isenção

Presidente destaca importância de diferenciar carnes populares das nobres para beneficiar consumidores

- Da Redação, com Agência Brasil
Foto: Divulgação / Governo Federal
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a inclusão da carne na lista de produtos da cesta básica com alíquota zero de impostos durante uma entrevista à Rádio Sociedade da Bahia nesta terça-feira (2).
 
Lula enfatizou a necessidade de distinguir entre tipos de carne, classificando algumas como "chiques", de alta qualidade, que continuariam tributadas, e outras como essenciais no dia a dia da população, que teriam isenção tributária.

"Você tem vários tipos de carne: tem carne chique, de primeiríssima qualidade, que quem consome ela pode pagar um impostozinho. Agora você tem um outro tipo de carne que é a carne que o povo consome. Eu não entro em detalhe, porque tem muita gente importante trabalhando nisso. Mas eu acho que a gente precisa colocar a carne na cesta básica, sim", explicou o presidente.
 
A declaração de Lula ocorreu no momento em que os grupos de trabalho da regulamentação da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados estão finalizando os textos. Inicialmente, a proposta do governo previa uma isenção de 60% para as carnes, mas Lula indicou que essa proposta pode ser flexibilizada dependendo das negociações no Congresso.
 
"Se é possível fazer isso, eu não sei. Nós temos 513 deputados – são 513 cabeças –, além de 81 senadores – mais 81 cabeças –, e tem a proposta do governo. A proposta do governo não é irrevogável. Ela pode mudar. Então eu acho que é uma sensibilidade por parte do pessoal que está trabalhando a política tributária. Se não for para todas as carnes, pelo menos para um tipo de carne."
 
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que as discussões agora estão nas mãos do Congresso, após reunião com parlamentares que integram o grupo de trabalho. Ele enfatizou que as negociações estão avançadas e que há um acordo para votação das propostas até o dia 17, antes do recesso legislativo.

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