Baixo volume de chuvas nos EUA preocupa produtores de soja e impulsiona preços

A falta de chuvas em regiões produtoras dos Estados Unidos tem gerado preocupações entre os agentes e impulsionado os valores externos da soja. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), essa situação tem potencial para prejudicar o desenvolvimento das lavouras do grão. 

No mercado interno, os preços também apresentam uma tendência de alta. No entanto, esse movimento é limitado pela desvalorização do dólar em relação ao real e pela oferta doméstica elevada.

Com a expectativa de que as altas nos preços externos sejam repassadas ao Brasil nas próximas semanas, vendedores nacionais limitam as negociações no mercado à vista. No entanto, a temporada brasileira 2022/23 está estimada em 154,81 milhões de toneladas, um aumento de 23% em relação à safra anterior, de acordo com a Conab. 

Além disso, o ritmo de comercialização atual está abaixo dos níveis verificados em safras anteriores, o que pode limitar as valorizações da oleaginosa no país, considerando que em algum momento haverá uma maior necessidade de venda.

Diante desse cenário, os produtores de soja acompanham de perto o desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos e as condições climáticas nas próximas semanas. As incertezas em relação à produção americana influenciam os preços no mercado internacional, e o repasse dessas oscilações para o mercado interno dependerá da conjuntura cambial e da oferta doméstica. 

Os agentes do setor estão atentos às possíveis oportunidades de negociação, considerando tanto os fatores externos quanto às projeções para a safra brasileira.