O consórcio Integração Lavoura-Pecuária está provocando melhora nas propriedades do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, segundo o agrônomo da Embrapa Milho e Sorgo, de Sete Lagoas.
O agrônomo Aurélio Noce explica como funciona o sistema e por que utilizá-lo no semiárido mineiro. “Essa tecnologia nada mais é do que o plantio de duas ou mais culturas de forma sucessiva ou simultânea, possibilitando uma sustentabilidade maior e uma maior viabilidade de produção. No projeto, uma das principais demandas levantadas pelos produtores rurais e também pelos técnicos diz respeito à produção de forragem para alimentação de bovinos e também à recuperação de pastagens degradadas. E nós entendemos que esse sistema de ILP talvez seja uma das tecnologias mais viáveis econômica e ambientalmente para suprir essas demandas. Isso porque aliamos numa mesma área a produção de grãos ou silagem à renovação de pastagem”.
As experiências em Unidades Demonstrativas foram utilizadas o sorgo. Ele é mais resistente à falta de água, na crise hídrica. A assessoria de imprensa da Embrapa diz que “a renovação das pastagens garante um alimento de melhor qualidade para o gado”.
Ainda segundo a Embrapa, “resultados de pesquisas” são avalizados na “Unidades de Referência Tecnológica no Norte e Nordeste de Minas Gerais (no Alto Rio Pardo, no Baixo e no Médio Jequitinhonha)”. E “as tecnologias agropecuárias viáveis para essas regiões são implantadas em Unidades Demonstrativas instaladas em propriedades rurais, de forma a divulgar as boas práticas para os produtores e técnicos locais”.
Serviço
O projeto “Tecnologias Agropecuárias para o Semiárido Mineiro” é coordenado pela Embrapa Milho e Sorgo e conta com uma rede de parcerias, que envolve Emater-MG, Anater, Senar, Sebrae, Epamig, Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, sindicatos rurais e os consórcios de municípios das três regiões atendidas: Ameje (Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Jequitinhonha), Comar (Consórcio Público Intermunicipal Multifinalitário do Alto Rio Pardo) e Nova Ambaj (Nova Associação dos Municípios da Microrregião do Baixo Jequitinhonha).
(Fonte: Embrapa/Marina Torres)