O pecuarista está pagando mais caro pelo suplemento à base de fósforo, o que significa que houve uma desvalorização na arroba do boi quando comparado ao insumo. No acumulado em 12 meses, a queda é de 14,6%, ou 11,7 quilos.
Segundo Raphael Poiani, da Scot Consultoria, a Carta Insumos, de julho de 2021, mostra que a alta no preço dos suplementos minerais piora a relação de troca para o pecuarista.
O especialista explica que em julho, na praça São Paulo, “comprava-se 2,3 sacas de 30 quilos do suplemento com o valor de uma arroba de boi, uma queda de 6,7% na comparação mês a mês”. O poder de compra do pecuarista caiu 23,1%, ou 20,7 quilos a menos do insumo por arroba, informa. Ele anota que são dois os motivos que puxam os preços dos insumos: a demanda aquecida e o preço do dólar em relação ao Real. Uma saca de 30 quilos de suplemento pronto com 88 gramas de fósforo, está cotada em torno de R$ 135,14.
Poiani informa que o “fosfato bicálcico é a principal fonte de fósforo para os bovinos, principalmente em rebanhos produzidos em pasto e que recebem suplementação devido à deficiência do mineral nas pastagens tropicais”. Ele pode custar 80% do preço do que o preço da suplementação, garante. Ele também é indicado para a ração de suínos e aves. Sem ele, as aves perdem a qualidade do ovo e compromete os ossos de galinhas e frangos para o consumo.
O papel desse suplemento é a liberação de energia para as células dos animais. Ele também atua no crescimento e fortalecimento de ossos e tecidos. Mas se ele for administrado abaixo do necessário, provoca queda no peso do gado, cai a produção do leite.
Consumo no Brasil
No Brasil, o fósforo para os bovinos é consumido através da suplementação mineral, pronto ou diluído com ureia; proteicos; proteicos energéticos; núcleos e concentrados.
A Scot informa que “a utilização de suplemento mineral para bovinos cresceu nos últimos anos. Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram), houve aumento de 17,02% nas vendas na comparação de 2018 com 2020, último ano consolidado. Apenas em 2021 já foram vendidos 1,2 milhão de toneladas para bovino, com alta de 13,85%, comparado ao mesmo período do ano passado.
Da Redação