A JBS, maior empresa de alimentos do mundo, é a primeira companhia do setor de alimentos a habilitar um empreendimento para emissão de Certificados Internacionais de Energia Renovável (International REC Standard / I-REC) que comprovam a geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis e ambientalmente responsáveis.
A certificação foi obtida por meio da Biolins, termelétrica localizada na cidade de Lins (SP), que pertence à JBS e usa como matéria-prima para geração de energia diversos tipos de biomassa, como bagaço de cana-de-açúcar, serragem de madeira e resíduo de eucalipto. A usina tem 45 MW de capacidade instalada, volume suficiente para abastecer uma cidade de 300 mil habitantes. Com base na energia gerada pelo empreendimento em 2021, a Biolins pode emitir 113,4 mil certificados relativos ao ano passado.
Chancelados no Brasil pelo Instituto Totum, os I-RECs podem ser comprados por indústrias e estabelecimentos comerciais para comprovar o consumo de energia elétrica gerada por fontes de energia renovável, como usinas solares, projetos eólicos e térmicas a biomassa. Com isso, os detentores dos certificados conseguem neutralizar as emissões do chamado Escopo 2, que considera as emissões de CO2 indiretas provenientes da energia elétrica para uso próprio, contribuindo para o cumprimento de suas metas de descarbonização.
“Essa conquista é muito relevante, porque atesta que a Biolins é ambientalmente limpa e injeta energia de fonte 100% renovável no Sistema Interligado Nacional (SIN). Com isso, os detentores dos I-RECs emitidos pela Biolins poderão comprovar que a energia consumida em suas operações é limpa”, destaca o diretor de Sustentabilidade da JBS Brasil, Maurício Bauer. Atualmente, a Biolins supre 20% das necessidades de energia elétrica da JBS no Brasil.
Uma operação ambientalmente responsável
A JBS Biolins foi construída para abastecer, com vapor e energia elétrica, todo o complexo industrial da JBS em Lins (SP) que reúne diversas operações da empresa, como unidades de Friboi, JBS Couros, JBS Biodiesel, JBS Ambiental e JBS Higiene e Limpeza. Seu excedente de energia é destinado ao Sistema Interligado Nacional.
“A operação da usina sempre teve preocupação sustentável, gerando energia limpa e vapor a partir da utilização, como matéria-prima, de biomassa adquirida de operações e fazendas locais, tais como bagaço de cana, cavaco de laranjeira, cavaco de eucalipto de reflorestamento, casca de amendoim, cascas de eucalipto, casca de arroz e pó de serra”, explica Lari Barbosa Junior, gerente de utilidades da JBS.
A habilitação da JBS Biolins para emissão de certificados I-REC se junta às diversas estratégias desenvolvidas pela JBS para cumprir o compromisso Net Zero 2040, que consiste na redução do balanço líquido de emissões de gases de efeito estufa até 2040. A iniciativa da Companhia contempla a utilização de energia limpa por seus negócios ao redor do mundo, com soluções que incluem a utilização de fazendas fotovoltaicas para o abastecimento de lojas próprias e construção de usinas para captação de energia solar para abastecimento de unidades industriais.
Ainda entre as ações para atingir seu objetivo no acordo, a JBS está investindo US$ 1 bilhão até 2030 para descarbonizar as suas operações diretas e indiretas, sendo US$ 100 milhões em pesquisa para desenvolver soluções que tornem a agropecuária cada vez mais sustentável.
Da Redação, com JBS