28/10/2022 às 10h52min - Atualizada em 28/10/2022 às 10h52min

Índice de produtividade busca a sustentabilidade leiteira

Atualmente, é possível cada vez mais tomar decisões para um manejo mais sustentável na pecuária de leite baseado em estatísticas, dados e análises. Nesse sentido, o produtor conta com várias ferramentas. Uma delas é o RumiScore, uma evolução do Índice Ideagri do Leite Brasileiro (IILB), criado em 2018, construído a partir da base de clientes usuários do software Ideagri.

Além de 12 indicadores de desempenho, agora, o RumiScore passa a medir a emissão de metano por litro de leite produzido.” Este é primeiro passo para a construção de uma pecuária mais produtiva e sustentável”, afirma Laerte Cassoli, CEO da Rúmina.

Em sua última edição, a inciativa contou com a participação de mais de mil fazendas, que tiveram seus dados ranqueados a partir de resultados zootécnicos, com base em 200 mil vacas, que representam 1,5 bilhão de litros de leite ao ano, o equivalente a quase 5% da produção no Brasil.

Para a edição de 2022, as inscrições podem ser feitas até o dia 31 de outubro, pelo site (https://rumiscore.com.br/). O resultado será divulgado no dia 8 de dezembro, com a entrega do Prêmio “Os melhores do ano RumiScore”.

Cada fazenda receberá um relatório que inclui sua nota, posição no ranking, como se encontra em relação às demais propriedade, assim como a comparação, o benchmarking dos 13 indicadores para análise. 

“Além de ser publicado o radar da produtividade e sustentabilidade, com os dados consolidados de todas as fazendas participantes, será avaliada a evolução dessas propriedades nos últimos quatro anos, no período de 2018 a 2022”, relata. “Também serão divulgadas as melhores fazendas em produtividade e sustentabilidade no Brasil”, informa.

Cassoli define o RumiScore  como “o maior benchmarking de produtividade e sustentabilidade da pecuária de leite do Brasil e representa uma análise estratégica das melhores práticas usadas por empresas do mesmo setor”.

Segundo o executivo, partindo do princípio de que o que não se gerencia o que não se mede, os indicadores analisados pela ferramenta apontam ao produtor como ele está em relação aos seus pares. “Ter esses parâmetros é fundamental para identificar onde focar esforços para melhoria e quais são as áreas de maior oportunidade dentro da fazenda”, justifica.

 Os 12 indicadores de desempenho utilizados para calcular a nota da fazenda, que varia de 0 a 10, são: 1) Taxa Sobrevivência; 2) Idade Média 1º Serviço Animal; 3) Idade Média 1º Parto; 4) Taxa Concepção Novilhas; 5) Produção Total 305 1º Ordem; 6) Produção Total 305 2º Ordem; 7) Produção Total 305 3º Ordem; 8) DEL Médio Mês; 9) Produção Vaca Mês; 10) Taxa Vacas Lactação Mês; 11) Taxa Mortalidade Vacas; e 12) Taxa Prenhez.

 

“A novidade fica por conta do 13º indicador, que estima a emissão de metano. Quanto menor este indicador, mais eficiente é a fazenda”, afirma Cassoli.

Conforme explica, para a estimativa da emissão e intensidade de metano, são usados dados individuais de todos os animais do rebanho, tais como peso corporal, produção de leite, dias em lactação e estimativa de consumo. “Para o cálculo da intensidade desse gás, são utilizados modelos matemáticos gerados por uma base de dados de estudos científicos coletados em fazendas da América Latina (Ribeiro et al., 2020; Congio et al., 2022)”, esclarece

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