O empresário Marcos Molina retomou o controle absoluto do frigorífico Marfrig. Ele aproveitou a queda nos preços das ações na Bolsa e passou a controlar mais de 50% das ações. A compra foi um investimento de R$30 milhões feito pela MMS, holding que detém junto com sua esposa, Márcia Marçal dos Santos. Ele tinha 49,7% e passou a ter 50,04% dos papéis. Molina é o fundador da Marfrig que, apesar da queda recente, vale cerca de R$10 bilhões na B3, a Bolsa brasileira.
Há dois anos ele tinha 34% e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) era sócio da empresa de alimentos. Desde então, para voltar a controlar a empresa, ele investiu um total de R$1 bilhão. O aumento de posição foi bem visto pelos investidores e a ação subia mais de 5% na tarde desta terça-feira, 31.
Ações em queda
Neste ano, as ações da Marfrig estão em torno de 25%. A concorrente Minerva Foods acumula alta de cerca de 35%. A JBS, outra empresa do ramo, caiu 2%. Para interlocutores, Molina tem dito que acredita na valorização das ações, sempre lembrando do atual endividamento controlado da empresa.
As ações da companhia têm sofrido por conta de questionamentos de investidores devido a geração de caixa nos Estados Unidos. Contudo, em relatório recente, o BTG Pactual afirmou que as margens da operação da Marfrig seguem fortes. No ano passado, ela registrou uma receita líquida de R$85,4 bilhões, sendo R$62,8 bilhões nos Estados Unidos.
Molina quer mitigar dúvidas de investidores de que a Marfrig possa ser aos poucos "abandonada". A empresa já é a maior investidora da Sadia, da qual possui uma participação de 33%. O dono da Marfrig é hoje, o presidente do conselho de administração da BRF.
Da Redação, com Conteúdo Estadão