O mundo corre para fabricar proteínas alternativas aos produtos originais, informa o site CaneTec, nesta quarta-feira (30). O The Good Food Institute (GFI) fez uma pesquisa que indica crescimento de 60% no segmento de proteínas alternativas. Os investimentos foram de US$ 5 bilhões.
São 740 empresas, entre elas três brasileiras, que investem em carne vegetal e de fermentação. As brasileiras desse segmento são Fazenda Futuro, The New e Vida Veg.
Apenas as empresas de fermentação de proteínas receberam aportes de US $1,7 bilhão em 2021. Equivalente a 3 vezes o valor de 2020.
Ainda assim, em 2021, caíram os investimentos em carne, frutos do mar, ovos e laticínios vegetais. Eles somaram US$ 1,9 bilhão, enquanto em 2020 chegaram a US$ 2,1 bilhões.
Para as carnes e frutos do mar cultivados, chegou em 2021 a US$ 1,4 bilhão, recorde para o setor e o valor é três vezes maior do que o de 2020.
Uma das grandes empresas brasileiras de proteína animal, a JBS, anunciou no ano passado sua entrada no segmento de investimentos com a compra da espanhola BioTech Foods e prevê colocar US$ 100 milhões na construção de uma unidade especializada na Espanha.
Vai instalar um Centro de Pesquisas & Desenvolvimento em Biotecnologia e Proteína Cultivada no Brasil.
Os investimentos da gigante brasileira não foram computados na pesquisa da GFI porque não fez os registros na PitchBook Data. Esse é um banco de dados de registro de investimentos no setor de pesquisa.
A gerente de engajamento corporativo do GFI Brasil, Raquel Casselli, em comunicado ao CarneTec, disse que “a metodologia utiliza como base anúncios públicos de investimentos, porém, há muitos outros acordos que figuram ainda em caráter privado ou de confidencialidade”.
Disse também que “por isso, o estudo não é suficiente para definirmos como os investimentos performaram no Brasil no último ano. No entanto, esses números são uma importante sinalização sobre o otimismo dos investidores sobre esse mercado globalmente que, sem dúvida, está se refletindo por aqui.”
“The Good Food Institute é uma organização internacional sem fins lucrativos que promove proteínas alternativas”, relata o site especializado.
Da Redação