Os contratos futuros de trigo encerraram a sessão desta terça-feira (29), na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) em forte queda. O recuo foi impulsionado pela valorização do dólar frente a outras moedas e pelo avanço da colheita nos principais países produtores do Hemisfério Norte, incluindo os Estados Unidos.
O fortalecimento do dólar ocorreu após o anúncio de um novo acordo comercial entre EUA e União Europeia, considerado mais favorável aos americanos. A moeda valorizada torna os produtos norte-americanos mais caros para compradores estrangeiros, reduzindo a competitividade das exportações, especialmente de commodities agrícolas.
Além disso, o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revelou que 80% da safra de trigo de inverno já foi colhida até 27 de julho, quase em linha com a média dos últimos anos. A colheita de trigo de primavera começou com 1% das lavouras, também dentro do esperado.
No mercado, ainda paira a incerteza quanto à tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras para os EUA, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto. Apesar das tentativas de negociação, ainda não há definição sobre sua efetivação, o que mantém o clima de apreensão nos mercados agrícolas.
As cotações futuras são de US$ 5,29 ¾ por bushel (queda de 1,62%); dezembro/2025: US$ 5,50 por bushel (queda de 1,56%).