Os contratos futuros da soja encerraram o pregão desta segunda-feira (30) na Bolsa de Chicago (CBOT) com comportamento misto, refletindo a leitura do relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) e o otimismo cauteloso sobre avanços em acordos comerciais norte-americanos com parceiros internacionais.
Os números do USDA mostraram que a área plantada com soja nos Estados Unidos deve totalizar 83,4 milhões de acres em 2025, recuo de 4% frente aos 87,05 milhões de acres cultivados no ano passado. O dado veio inclusive abaixo da expectativa do mercado (83,65 milhões) e do relatório de intenção de plantio divulgado em março (83,495 milhões), mostrando retração em 25 dos 29 estados produtores.
Por outro lado, os estoques trimestrais norte-americanos de soja em grão ficaram em 1,008 bilhão de bushels em 1º de junho, alta de 4% em relação a 2024 e acima da média esperada, que era de 971 milhões. Esse número mais robusto freou o ímpeto altista inicial, pressionando as posições mais curtas.
Ao final do dia, o contrato julho fechou em US$ 10,24 1/4 por bushel, queda de 3,50 centavos (0,34%). Já a posição novembro subiu para US$ 10,27, alta de 2,25 centavos (0,21%). Nos subprodutos, o farelo de soja para julho avançou 0,07%, a US$ 271,30 por tonelada, enquanto o óleo teve leve alta de 0,11%, a 52,51 centavos de dólar por libra-peso.
Especialistas avaliam que o mercado segue atento às condições climáticas nos EUA, que podem afetar o desenvolvimento das lavouras, e às sinalizações sobre as tratativas comerciais do governo norte-americano, fatores que devem continuar trazendo volatilidade para as cotações nas próximas semanas.
Os preços da soja mostram relativa estabilidade na maioria das praças, com alguns destaques regionais neste início de semana. Em Não-Me-Toque/RS, o valor se mantém em R$ 118/sc, enquanto Castro/PR - Ponta Grossa) lidera entre as regiões produtoras, cotada a R$ 127/sc, sem variação. No Sul, Rio do Sul/SC registra leve queda de 1,60%, fechando a R$ 123.
Em Mato Grosso, Rondonópolis apresenta R$ 119,70, enquanto Sorriso é uma das poucas praças com alta (R$ 108,60). Destaque também para Maracaju/MS, que subiu 0,87%, atingindo R$ 116. Em Minas Gerais, Machado mantém R$ 124. O maior preço segue nos portos, com Paranaguá (Jul/25) cotado a R$ 137 a sc.