A comercialização de suínos no mercado independente apresentou estabilidade na quinta-feira (26) nas principais regiões produtoras do Brasil. O setor acompanha com expectativa a virada do mês e uma possível melhora na demanda, que poderia impulsionar os preços nas próximas semanas.
Em São Paulo, segundo a Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), os valores ficaram estáveis pela segunda semana consecutiva, com a cotação em R$ 8,97 o quilo do animal vivo. “Foi um acordo entre os frigoríficos e os produtores, mas entendemos que poderíamos ter preços melhores. Muitos frigoríficos enfrentam dificuldades para repassar os custos da carcaça, o que trava o mercado e inibe reajustes”, explicou Valdomiro Ferreira, presidente da APCS.
No mercado mineiro, o cenário também foi de manutenção de preços, com os animais sendo negociados ao redor de R$ 8,50/kg vivo, conforme a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). “O mercado resolveu dar um tempo das emoções: preço mantido, cenário estável e pouca oscilação. A previsibilidade é um luxo num setor que vive de sustos”, avaliou o consultor Alvimar Jalles.
Em Santa Catarina, a estabilidade se repetiu, com a cotação permanecendo em R$ 8,25/kg vivo, segundo dados da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS). O presidente da entidade, Losivânio de Lorenzi, atribuiu a calmaria ao fim do mês e apontou boas perspectivas: “Acreditamos em recuperação na próxima semana, com o mercado interno aquecido pelo frio e as exportações em alta.”
