Os preços do milho no Brasil atingiram patamares críticos, com negócios abaixo de R$ 40 a saca em Mato Grosso. A pressão vem da colheita acelerada nos EUA, onde 93% da área já está plantada, e da demanda doméstica fraca.
Na B3, os contratos para julho/25 subiram 2,52%, reflexo do movimento de alta em Chicago. No entanto, o mercado físico segue desaquecido, com produtores retendo estoques na esperança de melhores cotações.
A segunda safra brasileira avança lentamente, com apenas 0,8% colhido. Chuvas no Centro-Oeste podem atrasar trabalhos, mas a oferta tende a crescer nas próximas semanas, pressionando ainda mais os preços.
Usinas de etanol reduziram compras, operando com estoques elevados e margens apertadas. No Sul e Sudeste, granjas pagam acima da paridade de exportação, mas não compensam a queda geral.
Acordos comerciais entre EUA e Ásia ameaçam as exportações brasileiras. A China, maior importadora global, já sinalizou preferência por fornecedores norte-americanos.
Especialistas projetam cenário de baixa no curto prazo, com possível recuperação apenas no quarto trimestre, quando a demanda por etanol deve aumentar.