Os preços do açúcar encerraram o pregão na quarta-feira (11) com variações mistas nas bolsas de Nova Iorque e Londres, mesmo após começarem o dia em alta, impulsionados pela valorização do petróleo e do real frente ao dólar. A recuperação inicial, no entanto, não resistiu à pressão contínua de expectativas de superávit global, que tem derrubado as cotações do adoçante nos últimos dois meses.
De acordo com o portal Barchart, os ganhos observados na primeira metade do dia foram impulsionados pela valorização do petróleo WTI, que atingiu o maior patamar em dois meses e meio. O aumento dos preços do petróleo tende a valorizar também o etanol, o que pode levar usinas a destinarem mais cana-de-açúcar para produção de biocombustível e menos para açúcar, restringindo a oferta no mercado internacional.
Outro fator que influenciou momentaneamente as cotações foi a valorização do real, que alcançou o maior nível em oito meses. A moeda brasileira mais forte desestimula as exportações de açúcar, contribuindo para uma leve recuperação nos preços no mercado externo.
Apesar desses estímulos, a tendência de baixa prevaleceu. O açúcar em Nova Iorque atingiu na última sexta-feira a mínima em quatro anos, enquanto em Londres os preços estão nos menores níveis dos últimos três anos e meio. “As expectativas de um superávit global de açúcar estão pressionando os preços”, destacou o portal Notícias Agrícolas.
No fechamento da Bolsa de Nova Iorque, o contrato julho/25 caiu 0,06 centavos (0,36%), para 16,42 cents/lbp. O outubro/25 recuou 0,04 centavos (0,24%), cotado a 16,81 cents/lbp. Março/26 teve baixa de 0,02 centavos (0,12%), negociado a 17,34 cents/lbp. Já o contrato maio/26 foi exceção, subindo 0,02 centavos (0,12%), a 16,97 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o contrato agosto/25 teve leve alta de 0,11%, para US$ 472,80 por tonelada. Outubro/25 subiu 0,34%, fechando a US$ 465,00/t. Já o dezembro/25 caiu 0,04%, a US$ 464,40/t, e março/26 recuou 0,15%, encerrando o dia em US$ 469,20/t.
