Os preços dos suínos apresentaram alta expressiva nas principais regiões acompanhadas pelo setor durante a terça-feira (10), influenciados pelo pagamento dos salários, pela menor oferta de bovinos no mercado e pelas temperaturas mais baixas que costumam estimular o consumo de proteínas. Segundo a Scot Consultoria, a carcaça suína especial teve valorização de 2,46% em comparação com a última sexta-feira (6), subindo de R$ 12,20 o quilo para R$ 12,50 o quilo. Já a arroba do suíno CIF teve alta de 2,56%, passando de R$ 156 para R$ 160.
A alta da arroba bovina também contribuiu para o movimento. Com pouca oferta e poucos negócios, os preços do boi gordo e da vaca subiram R$ 2 a arroba tornando a carne suína uma alternativa mais acessível e aumentando sua demanda no mercado interno.
Na região de Iaras, no interior de São Paulo, o suinocultor Adolfo Arruda, da Granja Mariana, relatou que o mercado está “bem aquecido”. Ele atribui o cenário ao frio e ao início do mês, fatores que, segundo ele, favoreceram o escoamento dos animais vivos. “Está sendo uma semana bastante agitada, com muita procura. É um cenário bem diferente das semanas anteriores, quando os preços estavam em baixa e havia pouca demanda”, afirmou.
O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) também registrou variações positivas na maior parte das regiões monitoradas. Em Minas Gerais, o preço do suíno vivo subiu 0,51% e chegou a R$ 8,34/kg. Em São Paulo, o valor ficou próximo de R$ 8,50/kg, com alta de 0,71%. No Rio Grande do Sul, o ganho foi de 0,65%, com o quilo sendo negociado a R$ 8,02. Santa Catarina seguiu o mesmo ritmo, com valorização de 0,65% e cotação em R$ 7,80/kg. O Paraná foi a única praça com leve retração, de 0,12%, fechando o dia em R$ 7,91/kg.