Justiça barra tarifas de Trump e anima mercados

Decisão nos EUA derruba sobretaxas impostas pelo ex-presidente e pode influenciar positivamente o Ibovespa nesta quinta-feira

- Da Redação, com MoneyTimes
29/05/2025 08h23 - Atualizado há 1 dia
Justiça barra tarifas de Trump e anima mercados
Foto: Divulgação/REUTERS

O Tribunal de Comércio Internacional dos Estados Unidos suspendeu as tarifas comerciais decretadas por Donald Trump no início de abril, considerando-as ilegais. A decisão, divulgada na noite de quarta-feira (28), trouxe otimismo aos mercados globais e deve influenciar o desempenho do Ibovespa nesta quinta-feira (29).
 

A ação contra as tarifas foi movida por estados liderados por democratas e empresas afetadas. Eles argumentaram que Trump utilizou indevidamente uma lei de emergência nacional para justificar as sobretaxas. Segundo o tribunal, o Congresso norte-americano não concedeu ao presidente poderes “ilimitados” para impor tarifas sobre produtos de praticamente todos os países.
 

A Casa Branca já informou que vai recorrer. Em nota, afirmou que "não cabe a juízes não eleitos decidir como lidar com uma emergência nacional" e reforçou que o governo Trump está comprometido em “restaurar a grandeza americana”.
 

A reação dos mercados foi imediata: as bolsas asiáticas fecharam em alta, as europeias operam em terreno positivo, e Wall Street também registra avanço. O petróleo sobe, enquanto as criptomoedas seguem sem direção definida.
 

Outro fator de atenção entre os investidores é o desempenho da Nvidia, que reportou lucro líquido de US$ 18,77 bilhões no trimestre encerrado em abril — um salto de 26% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita da empresa cresceu 69%, totalizando US$ 44,06 bilhões.
 

Além disso, o mercado aguarda a segunda leitura do PIB dos Estados Unidos no primeiro trimestre de 2025, que pode influenciar a tendência do pregão.

 

Brasil e o IOF

No cenário doméstico, o principal tema segue sendo a crise gerada pelo corte do IOF. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alertou o Congresso sobre os riscos de rejeição da medida, afirmando que isso poderia levar a um contingenciamento adicional e prejudicar o funcionamento da máquina pública.

Ainda não houve consenso entre o governo e o Legislativo, mas a equipe econômica avalia propostas alternativas.

Do lado dos indicadores, os investidores acompanham os dados da taxa de desemprego até abril. Os números do Caged divulgados na véspera surpreenderam: foram abertas 257.528 vagas formais no mês, bem acima da projeção de 151 mil.

No último pregão, o Ibovespa recuou 0,47%, fechando aos 138.887,81 pontos. O dólar à vista subiu 0,88%, encerrando a R$ 5,6952. Já o principal ETF brasileiro negociado em Nova York, o iShares MSCI Brazil (EWZ), avançou 0,79% no after-market, cotado a US$ 27,91.

 

 


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