O mercado brasileiro de milho encerrou a quarta-feira (9) com forte instabilidade nos contratos futuros negociados na Bolsa Brasileira (B3). Apesar de um desempenho positivo durante boa parte do dia, os preços perderam fôlego no fim da sessão e recuaram até 1,2%, variando entre R$ 71,80 e R$ 79,60.
Os ganhos iniciais foram impulsionados pelo aumento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, pela valorização do dólar – que chegou a superar os R$ 6,00 – e pelo crescente interesse internacional no milho brasileiro.
Contudo, o cenário mudou após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar uma suspensão temporária de 90 dias nas novas tarifas. O comunicado fez o dólar recuar frente ao real, provocando uma queda nas cotações do milho na B3, que acompanharam o movimento de baixa.
Confira o fechamento dos principais contratos futuros na B3 na quarta-feira (9):
Maio/25: R$ 79,60 (-0,75%)
Julho/25: R$ 72,20 (-1,1%)
Setembro/25: R$ 71,80 (-1,22%)
Novembro/25: R$ 74,67 (-0,96%)
No mercado físico, os preços da saca de milho apresentaram oscilações dependendo da região. De acordo com levantamento do Notícias Agrícolas, houve quedas em Rio do Sul/SC, São Gabriel do Oeste/SC e Eldorado/MS, enquanto praças como Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Itapetininga/SP e Campinas/SP mostraram tendência de alta.
Cenário internacional
Na Bolsa de Chicago (CBOT), o milho fechou o pregão de quarta-feira com valorização. As preocupações com o clima nas lavouras americanas, a expectativa de aumento na demanda por milho dos EUA e a possível revisão para baixo nas estimativas de plantio da safra 2025/26 ajudaram a manter os preços firmes.
Fechamento na CBOT (quarta-feira, 9):
Maio/25: US$ 4,74 (+5,00 pts / +1,07%)
Julho/25: US$ 4,80 (+5,75 pts / +1,21%)
Setembro/25: US$ 4,42 (+3,75 pts / +0,85%)
Dezembro/25: US$ 4,50 (+5,00 pts / +1,12%)