Soja inicia semana em alta nas principais regiões do país

Valorizações externas, câmbio e prêmios impulsionam preços e movimentam comercialização no Brasil

- Da Redação, com Canal Rural
08/04/2025 09h21 - Atualizado há 5 dias
Soja inicia semana em alta nas principais regiões do país
Foto: reprodução

Na segunda-feira (7) foi de forte movimentação no mercado brasileiro da soja. Os preços subiram em diversas praças, impulsionados pela combinação de fatores externos: alta nos contratos futuros em Chicago, valorização do dólar frente ao real e aumento dos prêmios de exportação. A melhora nas cotações incentivou a comercialização, com destaque para grandes volumes negociados tanto por indústrias quanto por exportadores, segundo a consultoria Safras & Mercado. 

Entre os principais centros produtores, os preços reagiram positivamente. Em Passo Fundo (RS), a saca de soja passou de R$ 131,00 para R$ 132,00. Em Santa Rosa (RS), foi de R$ 132,00 para R$ 133,00. Já no Porto de Rio Grande, a saca subiu de R$ 135,00 para R$ 136,50. No Paraná, Cascavel registrou alta de R$ 128,00 para R$ 130,00, e no Porto de Paranaguá o preço subiu de R$ 135,00 para R$ 136,00. Em Mato Grosso, Rondonópolis teve alta de R$ 117,00 para R$ 118,00. Em Dourados (MS), a saca foi cotada a R$ 121,00, contra R$ 120,00 na sessão anterior. Já em Rio Verde (GO), o valor passou de R$ 116,00 para R$ 118,00

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos da soja tiveram um dia volátil, sem direção definida. Os vencimentos mais próximos encerraram em alta, enquanto os mais longos recuaram. O mercado foi impactado pelas tensões na guerra comercial entre Estados Unidos e China. O presidente Donald Trump voltou a ameaçar novas tarifas sobre produtos chineses, caso o país asiático não recue da sobretaxa de 34% imposta recentemente.

Esse ambiente aumentou a aversão ao risco no mercado global, embora operações pontuais de barganha tenham sustentado os contratos de curto prazo. A expectativa agora se volta para o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), previsto para quinta-feira (11). A projeção é de ajustes discretos nas estimativas de produção da safra sul-americana: corte leve na produção do Brasil, de 169 milhões para 168,9 milhões de toneladas, e da Argentina, de 49 milhões para 48,7 milhões.

No Brasil, a colheita da safra 2024/25 está praticamente concluída. Segundo levantamento da Safras & Mercado, 86,6% da área total já foi colhida até o dia 4 de abril. O avanço supera o ritmo do ano passado, quando o índice era de 78,2%, e também está acima da média dos últimos cinco anos (83,1%).

Nos subprodutos, o farelo de soja para maio teve valorização de 1,87%, encerrando o dia a US$ 288,40 por tonelada. Já o óleo de soja caiu 1,5%, cotado a 45,15 centavos de dólar por libra-peso.

O câmbio também colaborou para o cenário de alta. O dólar comercial fechou com valorização de 1,29%, sendo negociado a R$ 5,9108 para venda e R$ 5,9088 para compra. Durante o dia, a moeda oscilou entre R$ 5,8163 e R$ 5,9323, fortalecendo a competitividade da soja brasileira no mercado internacional.

 

 

 

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