O mercado brasileiro de soja apresentou volatilidade na terça-feira (18), com oscilações nos preços e movimentação moderada de negócios. De acordo com Rafael Silveira, consultor da Safras & Mercado, a queda na Bolsa de Chicago (CBOT) e no dólar pressionou as cotações em diversas regiões, mas os prêmios de exportação seguem firmes.
Os portos de Paranaguá (PR) e Santos (SP) registraram negociações ao longo do dia, enquanto São Francisco do Sul (SC) teve menor movimentação, refletindo a baixa oferta na região. "Os preços continuam atrativos, apesar dos desafios logísticos. A indústria aguarda novas quedas para intensificar as compras", afirmou Silveira.
Os preços da soja variaram nas principais praças de comercialização do país. Em Passo Fundo (RS), a cotação caiu para R$ 128, enquanto Santa Rosa (RS) registrou queda para R$ 129. No Porto de Rio Grande (RS), o valor recuou para R$ 133. Em Cascavel (PR), a soja foi negociada a R$ 125, enquanto no Porto de Paranaguá (PR) caiu para R$ 134. Já em Rondonópolis (MT) e Dourados (MS), os preços permaneceram estáveis em R$ 116. Em Rio Verde (GO), houve alta, com a cotação subindo para R$ 112.
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos futuros da soja encerraram o pregão em baixa, influenciados pelo avanço da colheita no Brasil, que amplia a oferta global da oleaginosa. Além disso, o mercado segue atento à política tarifária dos EUA, que pode redirecionar a demanda chinesa para a América do Sul. Os contratos para maio fecharam cotados a US$ 10,12 ¾ por bushel, uma queda de 0,27%. A posição julho foi negociada a US$ 10,26 ½ por bushel, registrando perda de 0,26%. No segmento de subprodutos, o farelo de soja caiu 1,44%, sendo negociado a US$ 299,90 por tonelada, enquanto o óleo de soja teve alta de 1,04%, fechando em 42,54 centavos de dólar por libra-peso.
O dólar comercial encerrou o dia em queda de 0,21%, cotado a R$ 5,6730 para venda. A desvalorização da moeda norte-americana reduziu a competitividade da soja brasileira no mercado internacional, impactando os preços internos.