O mercado físico do boi gordo fechou a última semana com cotações firmes na sexta-feira (14), especialmente em estados como São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Rondônia. O cenário foi estimulado pelo crescimento das exportações de carne bovina, que tiveram um aumento de 143% na quantidade média diária embarcada em comparação com março de 2024.
Nos três primeiros dias úteis de março, as exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada renderam US$ 295,5 milhões, com um valor médio diário de US$ 98,4 milhões. O volume total exportado atingiu 60,5 mil toneladas, com um preço médio de US$ 4.876 por tonelada.
De acordo com Fernando Iglesias, analista da Safras & Mercado, a demanda externa segue aquecida, e as tensões comerciais entre Estados Unidos e China podem abrir ainda mais oportunidades para a carne brasileira.
No mercado interno, a arroba do boi gordo apresentou variações nas principais praças de comercialização. Em São Paulo, o preço se manteve estável em R$ 310. Em Goiás, houve alta de 1,72%, com a arroba cotada a R$ 295. Em Minas Gerais, a cotação caiu 3,91%, sendo negociada a R$ 295.
No Mato Grosso do Sul, o preço da arroba teve um avanço de 1,72%, alcançando R$ 295. No Mato Grosso, a cotação permaneceu estável em R$ 300. Em Rondônia, o valor da arroba do boi gordo também não sofreu variação, sendo negociado a R$ 265.
No atacado, os preços da carne bovina registraram elevação durante a primeira quinzena de março, impulsionados pelo bom escoamento da produção. O quarto traseiro foi cotado a R$ 25 o quilo, alta de 2,04% em relação à última semana. O quarto dianteiro foi negociado a R$ 18,50 por quilo, representando um aumento de 2,72%.
A expectativa, no entanto, é que o ritmo de alta desacelere na segunda metade do mês, período em que o consumo tende a diminuir. Além disso, a população segue priorizando proteínas de menor valor agregado, o que pode influenciar o comportamento do mercado.