A exportação de milho brasileiro apresentou recuo em fevereiro de 2025, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (07) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O volume total embarcado no mês foi de 1.432.065 toneladas, o que corresponde a 83,59% das 1.713.086,3 toneladas exportadas em fevereiro de 2024.
Com isso, a média diária de embarques caiu 16,4%, passando de 90.162,4 toneladas por dia útil no ano passado para 71.603,2 toneladas neste ano. Além do menor volume exportado, o faturamento com a venda do cereal também sofreu retração. O Brasil arrecadou US$ 324,211 milhões no mês, contra US$ 389,357 milhões em fevereiro do ano anterior, uma queda de 16,7% na média diária, que passou de US$ 20,492 milhões para US$ 16,210 milhões.
O preço médio da tonelada do milho exportado também registrou ligeira desvalorização de 0,4%, saindo de US$ 227,30 em fevereiro de 2024 para US$ 226,40 no mesmo mês deste ano.
Apesar do cenário de baixa, analistas do setor avaliam que as relações comerciais entre os Estados Unidos e outros países podem influenciar positivamente a demanda pelo milho brasileiro nos próximos meses. O consultor de Grãos e Projetos da Agrifatto, Stefan Podsclan, destaca que o tamanho da safra nacional e as movimentações tarifárias internacionais podem definir o ritmo das exportações brasileiras em 2025.
“Os Estados Unidos são os maiores produtores e exportadores mundiais de milho, com grandes clientes como México, China, Colômbia e União Europeia. No entanto, eles também importam do Brasil. As recentes discussões sobre tarifas voltaram a ganhar força nesta semana e podem direcionar parte da demanda para o milho brasileiro”, explica Podsclan.