Mercado financeiro eleva previsão da inflação para 5,6% em 2025, 18ª alta seguida

Projeções para o IPCA aumentam, mas inflação de janeiro perde força

- Da Redação, com Agência Brasil
18/02/2025 09h29 - Atualizado há 3 dias
Mercado financeiro eleva previsão da inflação para 5,6% em 2025, 18ª alta seguida
Foto: Marcelo Casal Jr / Agência Brasil

O mercado financeiro elevou sua previsão para a inflação oficial do Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para 5,6% este ano, marcando a 18ª elevação consecutiva. A estimativa foi divulgada no Boletim Focus desta segunda-feira (17), pesquisa semanal realizada pelo Banco Central (BC), que reúne as projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2026, a previsão também foi ajustada para 4,35%, e para os anos seguintes, as projeções para o IPCA foram elevadas para 4% em 2027 e 3,8% em 2028. O aumento das estimativas reflete a persistência das pressões inflacionárias e supera o limite superior da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5% para este ano.

Em janeiro, o IPCA apresentou uma desaceleração, registrando uma inflação de apenas 0,16%, o menor valor para o mês de janeiro desde 1994. Essa desaceleração foi impulsionada pelo Bônus Itaipu, que proporcionou descontos nas contas de luz de milhões de brasileiros. No entanto, a desaceleração não indica uma queda nos preços, mas sim uma desaceleração na velocidade de crescimento dos mesmos. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA soma 4,56%.

O Banco Central, para controlar a inflação, manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 13,25% ao ano, e indicou novos aumentos, com a expectativa de que a taxa suba para 15% ao ano até o final de 2025. O aumento da Selic visa conter a demanda aquecida e controlar os preços, encarecendo o crédito e estimulando a poupança. No entanto, as altas taxas de juros também podem desacelerar a expansão econômica.

Quanto ao crescimento da economia brasileira, as projeções para 2025 foram revisadas para uma expansão de 2,01% no PIB, uma ligeira queda em relação à previsão anterior. O mercado também projeta crescimento mais modesto para os próximos anos, com 1,7% para 2026 e 1,98% para 2027. Para o câmbio, a expectativa é de que o dólar se mantenha em torno de R$ 6 até o final de 2026.


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