BNDES planeja investir até R$ 30 bilhões em concessões de rodovias em 2025

Valor supera recorde do ano passado e impulsiona investimentos no setor

- Da Redação, com Agência Brasil
19/02/2025 09h08 - Atualizado há 2 dias
BNDES planeja investir até R$ 30 bilhões em concessões de rodovias em 2025
Foto: Divulgação / DNT

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estima liberar até R$ 30 bilhões para concessões de rodovias em 2025, superando o recorde de R$ 23,5 bilhões do ano passado e muito acima da média histórica, que variava entre R$ 3 bilhões e R$ 5 bilhões anuais.

A projeção foi feita pela diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do banco, Luciana Costa, que credita esse crescimento ao novo mecanismo criado pelo Ministério dos Transportes para destravar investimentos em rodovias. Em vez de relicitar concessões em atraso, o governo passou a renegociar contratos diretamente com as concessionárias, destravando entre R$ 100 bilhões e R$ 120 bilhões em investimentos.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que o Brasil possui a maior malha concedida do mundo e um ambiente regulatório seguro, o que atrai investidores nacionais e estrangeiros. Ele também ressaltou a aceleração dos leilões de rodovias: enquanto a média histórica era de 1,8 leilão por ano, em 2024 foram sete, e para 2025 estão previstos 15, abrangendo 8,5 mil quilômetros e mobilizando R$ 163 bilhões.

Novas concessões
Entre os destaques de 2024, o BNDES cita o financiamento da Rodovia Presidente Dutra (BR-116), que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, e a publicação de uma carta aos investidores com as condições de financiamento para a concessão da BR-381, em Minas Gerais. A estratégia será repetida neste ano para a Rota Agro Norte, trecho da BR-364 em Rondônia que conecta Porto Velho a Vilhena.

O banco prevê diferentes formas de apoio financeiro, incluindo financiamentos diretos e subscrição de debêntures. Os recursos poderão ser utilizados em melhorias na infraestrutura rodoviária, construção de praças de pedágio, sistemas de apoio ao usuário e investimentos socioambientais, mas não cobrirão desapropriações e equipamentos importados com similar nacional.


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