13/01/2025 às 11h10min - Atualizada em 13/01/2025 às 11h10min

​USDA corta safra de milho e preços em Chicago alcançam máximos recentes

Mercado global reage a relatório americano, enquanto Brasil acompanha altas e projeções de demanda aquecida

- Da Redação, com Notícias Agrícolas
Foto: Reprodução
Os preços do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram esta sexta-feira (10) com fortes altas, impulsionados pelo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que revisou para baixo as estimativas de produção e estoques do cereal.

A safra norte-americana foi reduzida de 384,64 para 377,63 milhões de toneladas, enquanto os estoques finais passaram de 44,15 para 39,12 milhões de toneladas. Essa redução significativa elevou os preços futuros em Chicago aos maiores patamares dos últimos meses, alcançando até US$ 6,70.
 
Segundo Raphael Bulascoschi, analista de mercado da StoneX, o cenário global seguirá atento à safra sul-americana e às relações comerciais entre China e EUA. "Problemas climáticos na América do Sul ou medidas protecionistas nos Estados Unidos podem beneficiar o Brasil como alternativa de fornecimento para a China", explicou.
 
Na Bolsa Brasileira (B3), o milho também registrou ganhos, acompanhando Chicago e beneficiado pela alta do dólar ante o real, que avançou mais de 1% nesta sexta-feira. O vencimento março/25 subiu 1,58%, cotado a R$ 77,95, enquanto o maio/25 valorizou 1,34%, atingindo R$ 75,40. No acumulado semanal, os contratos brasileiros registraram altas de até 7,15%.
 
A StoneX projeta uma segunda safra brasileira de 101,6 milhões de toneladas, totalizando 128,6 milhões no ciclo, com oferta normal, mas suporte vindo da demanda. Desde 2017/18, o consumo interno cresceu 50%, e a China, que já redirecionou compras ao Brasil em 2023, pode reforçar essa tendência caso haja tensões comerciais com os EUA.
 
No mercado físico, enquanto Goiás viu quedas pontuais, praças como Tangará da Serra/MT e Campo Novo do Parecis/MT registraram valorizações, refletindo o otimismo do mercado. O cenário indica que a dinâmica global e local continuará movimentando os preços nas próximas semanas.

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