15/01/2025 às 09h52min - Atualizada em 15/01/2025 às 09h52min

Preços da soja recuam no Brasil com baixa movimentação no mercado

Desvalorização em Chicago e queda do dólar pressionam cotações; produtores acompanham apreensivos a colheita inicial

- Da Redação, com Canal Rural
Foto: reprodução

O mercado brasileiro de soja registrou pouca movimentação nesta terça-feira (14), com preços em queda refletindo a desvalorização dos contratos futuros em Chicago e do dólar. Nos portos, houve registro de negócios, mas os volumes foram limitados, com destaque para operações envolvendo soja disponível para embarque imediato, aproveitando cotações mais atrativas. No entanto, a maioria dos produtores, especialmente no Mato Grosso, permaneceu fora das negociações devido à apreensão com o desenvolvimento da safra 2024/2025 no estado.

 

As cotações da soja sofreram recuo em diversas praças do país. Em Passo Fundo (RS), o preço caiu de R$ 136 para R$ 135 por saca, enquanto na região das Missões (RS), o valor passou de R$ 135 para R$ 134. No Porto de Rio Grande (RS), o preço baixou para R$ 141,50, ante os R$ 143 registrados anteriormente. Cascavel (PR) também apresentou queda, de R$ 133 para R$ 131, assim como o Porto de Paranaguá (PR), onde os preços passaram de R$ 142 para R$ 140. Já em Rondonópolis (MT), o mercado manteve a estabilidade em R$ 121.

 

No cenário internacional, os contratos futuros da soja na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) encerraram o dia em queda, após dois pregões consecutivos de alta. A realização de lucros marcou a sessão, mesmo com o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontando estoques e produção abaixo do esperado no país. Ainda assim, o cenário global de ampla oferta de soja acabou por favorecer a correção nos preços.

 

As atenções seguem voltadas para o desenvolvimento das lavouras na América do Sul. No Brasil, a expectativa é de uma produção de 166,33 milhões de toneladas na safra 2024/2025, representando um crescimento de 12,6% em relação à temporada anterior. Na Argentina, a estimativa foi ajustada para 54,05 milhões de toneladas, com uma redução de 1 milhão de toneladas na projeção anterior.

 

Enquanto isso, o dólar comercial fechou o dia em queda de 0,85%, cotado a R$ 6,0459 para venda, o que também contribuiu para pressionar as cotações da soja no mercado interno. Apesar da volatilidade, exportadores brasileiros seguem atentos às vendas para a China, com o USDA confirmando a negociação de 198 mil toneladas de soja para o gigante asiático.

 

 


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