O mercado brasileiro de soja registrou uma maior moviementação durante a segunda-feira (13), impulsionado por um avanço expressivo nos preços na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). No entanto, a alta foi limitada no mercado físico nacional devido à queda nos prêmios, mesmo com o dólar encerrando o dia estável. Essa combinação manteve o cenário de cautela entre compradores, que aguardam a chegada da nova safra para negociar a preços mais baixos.
Entre os principais pontos de comercialização, houve ligeiras altas nos preços. Em Passo Fundo (RS), a saca passou de R$ 135 para R$ 136. No Porto de Paranaguá (PR), o preço avançou de R$ 140 para R$ 142. Já em Rondonópolis (MT), o valor subiu de R$ 119 para R$ 121, enquanto Cascavel (PR) viu a saca passar de R$ 132 para R$ 133.
No cenário internacional, os contratos futuros da soja na CBOT tiveram alta técnica, com agentes do mercado se posicionando para o aguardado relatório de janeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A expectativa é de que o órgão revise para baixo as projeções da safra e dos estoques finais de soja americana para o ciclo 2024/25, o que pode sustentar os preços. Analistas preveem uma redução nos estoques de 470 milhões para 454 milhões de bushels e uma ligeira queda na estimativa da produção americana, de 4,461 bilhões para 4,451 bilhões de bushels.
Nos contratos futuros, a soja para março fechou com alta de 2,25 centavos de dólar, a US$ 9,96 ¾ por bushel, enquanto a posição de maio subiu para US$ 10,08 ¼. Já os subprodutos apresentaram movimentos mistos: o farelo recuou 0,56%, a US$ 299,10 por tonelada, enquanto o óleo subiu 1,89%, cotado a 42,38 centavos de dólar.
O câmbio também contribuiu para a movimentação do mercado, com o dólar encerrando a sessão em leve queda de 0,08%, negociado a R$ 6,0979. A moeda oscilou entre R$ 6,0767 e R$ 6,1372 ao longo do dia, oferecendo relativa estabilidade aos exportadores.