Maior oferta de carne ovina no Brasil é meta da Arco para 2025
Setor supera desafios de 2024 e busca expansão interna e internacional com novas parcerias e iniciativas
- Da Redação, com CarneTec
03/01/2025 11h01 - Atualizado há 3 semanas
Foto: Divulgação
A Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco) definiu como uma das principais metas para 2025 aumentar significativamente a oferta de carne ovina no mercado interno brasileiro. Para o presidente da entidade, Edemundo Gressler, o rebanho nacional, atualmente com 20,2 milhões de cabeças, ainda é insuficiente para atender à demanda de um país com as dimensões do Brasil.
“Nós temos condições de, num curto espaço de tempo, colocar muito mais carne ovina no varejo. Um ovino tem cinco meses de gestação e, com mais quatro ou cinco meses, o produto já pode estar no mercado”, afirmou Gressler em nota divulgada em dezembro. A Arco acredita que o aumento da produção é um passo fundamental para o fortalecimento do setor.
Apesar dos desafios enfrentados em 2024, como as enchentes no Rio Grande do Sul em maio, a Arco realizou um balanço positivo do ano. Entre as ações destacadas está a doação de 2 mil cobertores de lã para as vítimas das enchentes, em uma iniciativa coordenada pela associação. Outro marco importante foi a realização da 36ª Fenovinos, em Santa Margarida do Sul (RS), que contou com 13 raças de ovinos e a participação de 124 expositores.
A Expointer também foi considerada um sucesso, com vendas que somaram R$ 977 mil, um aumento de quase 20% em relação à edição anterior. Além disso, a assinatura do Fundo de Desenvolvimento da Ovinocultura (Fundovinos), em parceria com o governo do Rio Grande do Sul, garantiu um investimento de R$ 5 milhões para ações de fortalecimento da ovinocultura gaúcha.
Outro avanço significativo foi o encaminhamento da Rota da Ovinocultura, programa do governo federal através do Ministério do Desenvolvimento Regional. Representantes da Arco realizaram visitas a Brasília para discutir o tema com os Ministérios da Agricultura e Pecuária e do Desenvolvimento Regional, além de participarem de reuniões da Câmara Setorial.
A vice-presidente da Arco, Elisabeth Lemos, ressaltou a importância da aproximação entre a entidade e as associações estaduais, afirmando que essa integração será ainda mais intensificada em 2025. “A gente tem visto um desenvolvimento muito grande, principalmente nos eventos realizados por estados que promovem feiras com ovinos”, comentou Elisabeth.
Além disso, a Arco está avançando na internacionalização do setor, com destaque para a venda de embriões e sêmen de ovinos para mercados como Paraguai, Colômbia e Peru. Para Elisabeth, essas iniciativas reforçam o potencial do Brasil como um importante exportador no setor de ovinocultura.