09/08/2024 às 09h34min - Atualizada em 09/08/2024 às 09h34min

​Aumento da renda impulsiona consumo de carne bovina no Brasil

Expectativas de crescimento no consumo e aumento na oferta doméstica favorecem o mercado

- Da Redação, com Cepea
Foto: Divulgação / Gov.br
A renda dos brasileiros tem apresentado crescimento e impacta diretamente na compra de carne bovina pela população. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), estima-se que o consumo de carne bovina no Brasil neste ano deve superar em 4% o registrado no ano passado. Esse aumento é impulsionado tanto pela elevação da renda real quanto pela expansão da oferta doméstica.
 
Dados recentes do IBGE revelam um crescimento de 2,5% na renda real do trabalhador brasileiro no trimestre de março a maio de 2024, em comparação ao último trimestre de 2023. Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) estimam que um aumento de 1% na renda pode elevar o consumo de carne bovina de primeira em aproximadamente 0,7%, enquanto as compras de carnes de segunda podem diminuir em quase 1%.
 
Outro fator que tem estimulado o consumo é a redução nos preços dos cortes de carne, impulsionada pelo aumento da oferta doméstica. No primeiro semestre de 2024, a disponibilidade de carne bovina no Brasil alcançou 3,58 milhões de toneladas, um aumento de 14,4% em relação ao ano anterior, mesmo com as exportações batendo recordes.

Segundo dados da Secex, foram exportadas 1,14 milhão de toneladas de carne bovina in natura no primeiro semestre, um incremento de 29% em comparação ao mesmo período do ano passado.
 
O mercado local tem refletido um equilíbrio eficaz entre oferta e demanda. As negociações no final de julho permaneceram estáveis, com as indústrias aguardando definições nas vendas domésticas de carne e evitando novos ajustes nos preços. No acumulado de julho, o Indicador do Boi Gordo CEPEA/B3 subiu 3,26%, fechando o mês a R$ 232,50.

A carcaça casada de boi valorizou-se 0,7%, alcançando R$ 15,99/kg, enquanto a carcaça casada de vaca subiu 1,6%, para R$ 14,67/kg. Os preços médios dos cortes, como o traseiro, dianteiro e ponta de agulha, também apresentaram variações conforme o mercado.

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