12/07/2024 às 09h33min - Atualizada em 12/07/2024 às 09h33min

​PIB do agronegócio cai 2,2% no primeiro trimestre de 2024

Queda nos preços agropecuários e produção agrícola afetam desempenho do setor, indica Cepea/CNA

- Da Redação, com Cepea
Foto: Reprodução
O PIB do agronegócio brasileiro, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), recuou 2,2% no primeiro trimestre de 2024. Com isso, e considerando-se também o desempenho da economia brasileira como um todo até o momento, o produto interno bruto do setor pode responder por cerca de 21,5% do total do País neste ano, abaixo dos 24% registrados em 2023.
 
Segundo pesquisadores do Cepea/CNA, esse resultado do agronegócio foi influenciado sobretudo pelos menores preços, mas também pela queda na produção de importantes produtos do setor, especialmente na agricultura dentro da porteira. O ramo pecuário, contudo, amenizou o resultado negativo, tendo em vista os desempenhos positivos dos segmentos agroindustrial e agrosserviços. Assim, pela perspectiva dos ramos do agronegócio, enquanto o agrícola caiu 3,83%, o pecuário avançou 1,68%.
 
O PIB dos insumos recuou 4,9% no primeiro trimestre, com quedas nos ramos agrícola e pecuário. Pesquisadores do Cepea/CNA indicam que o desempenho desse segmento foi impactado negativamente pelas desvalorizações dos fertilizantes, defensivos, máquinas agrícolas e rações. Para as indústrias de máquinas agrícolas e defensivos, também se observou retração da produção esperada.
 
No segmento agroindustrial, a diminuição de 1,31% no PIB esteve atrelada ao recuo nas indústrias de base agrícola (-2,81%), apesar do crescimento nas de base pecuária (4,23%).

Na indústria agrícola, a queda no PIB ocorreu principalmente devido aos preços mais baixos (sobretudo do óleo vegetal, biocombustíveis e celulose e papel), mesmo com o aumento da produção industrial e a redução dos custos com insumos. Na indústria pecuária, apesar das pressões decorrentes da queda nos preços, o PIB foi sustentado pelo aumento esperado na produção de carnes e pescados, couro e calçados e, em menor grau, laticínios.

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