01/07/2024 às 08h35min - Atualizada em 01/07/2024 às 08h35min

​Dólar atinge R$ 5,58 e fecha semestre com alta de 15,15%

Bolsa tem leve queda diária, mas acumula ganhos no mês

- Da Redação, com Agência Brasil
Foto: Reprodução
Em um dia marcado por turbulências nos mercados doméstico e internacional, o dólar alcançou valores próximos a R$ 5,60, atingindo o patamar mais alto em dois anos e meio. Enquanto isso, a bolsa de valores teve uma pequena queda diária, porém conseguiu fechar o mês com ganhos positivos.
 
O dólar comercial fechou esta sexta-feira, 28, sendo negociado a R$ 5,588, o que representa um aumento de R$ 0,081 (+1,46%). Durante a sessão, a cotação chegou a operar em baixa nos primeiros minutos de negociação, mas rapidamente subiu, alcançando seu pico por volta das 15h45, atingindo R$ 5,59.
 
Este é o maior valor da moeda norte-americana desde 10 de janeiro de 2022, quando encerrou o dia em R$ 5,67. A valorização acumulada em junho foi de 6,47%, contribuindo para um aumento de 15,15% no primeiro semestre do ano. Enquanto isso, o euro comercial fechou cotado a R$ 5,98, se aproximando da marca de R$ 6 pela primeira vez desde fevereiro de 2022.
 
No mercado de ações, o índice Ibovespa da B3 encerrou o dia com 123.911 pontos, registrando uma queda de 0,32%. Apesar deste recuo diário, o índice acumulou um ganho de 1,49% no mês. No entanto, no acumulado de 2024, a bolsa apresenta uma queda de 7,65%.
 
Os mercados foram tumultuados por fatores tanto internos quanto externos ao longo do dia. Nos Estados Unidos, a divulgação de que a inflação ao consumidor havia desacelerado em maio inicialmente animou os investidores, mas a subida das taxas dos títulos do Tesouro americano após a divulgação do índice de confiança do consumidor fez o dólar retomar sua alta. Em economias avançadas com juros elevados, como nos EUA, isso pressiona as moedas de países emergentes, como o Brasil.
 
Além desses fatores, o mercado financeiro reagiu negativamente a declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticando a taxa Selic de 10,5% ao ano como absurda. O déficit primário de R$ 63,9 bilhões do setor público em maio, influenciado pela antecipação do décimo terceiro da Previdência Social, também contribuiu para o clima de incerteza entre os investidores.
 
O último dia útil do semestre geralmente é marcado por uma forte demanda por dólares por parte de multinacionais que remetem lucros ao exterior, o que também influenciou as oscilações no mercado cambial brasileiro.
 

 

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