02/07/2024 às 09h29min - Atualizada em 02/07/2024 às 09h29min

Dólar alcança R$ 5,65 em dia de volatilidade no mercado financeiro

Bolsa de valores sobe impulsionada por empresas exportadoras; críticas de Lula ao BC influenciam o cenário econômico

- Da Redação, com Agência Brasil
Foto: Reprodução
O dólar comercial ultrapassou a marca de R$ 5,65 em um cenário de turbulência tanto no mercado interno quanto externo, nesta segunda-feira, 1, e atingiu o seu maior valor desde janeiro de 2022. Enquanto isso, a bolsa de valores teve uma leve recuperação, impulsionada pelas ações de empresas exportadoras.
 
O dólar encerrou o dia sendo vendido a R$ 5,653, registrando uma alta de R$ 0,064 (+1,15%). Durante a manhã, a cotação da moeda operou estável, mas ganhou impulso no período da tarde, alcançando o pico máximo no fechamento do mercado.
 
A valorização da moeda norte-americana em relação ao real em 2024 já acumula um aumento de 16,48%, refletindo as oscilações e incertezas do mercado global. No entanto, mesmo com essa alta expressiva, o dólar manteve-se relativamente estável frente às principais moedas internacionais hoje.
 
No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 124.765 pontos, apresentando uma alta de 0,69%. Este desempenho positivo foi impulsionado especialmente pelas empresas ligadas ao setor de commodities, cujos preços foram valorizados no mercado internacional nesta segunda-feira.
 
Os investidores também reagiram às declarações recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o Banco Central. Em entrevista, Lula criticou novamente o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, argumentando que os juros atuais de 10,5% ao ano são demasiadamente altos. Ele reiterou o compromisso de escolher um novo presidente para o Banco Central que considere mais profundamente as necessidades econômicas do país em detrimento das demandas do sistema financeiro.
 
Além das questões políticas internas, fatores externos como o aumento das taxas dos títulos do Tesouro norte-americano também influenciaram a volatilidade dos mercados emergentes, incluindo o Brasil. Esses movimentos tendem a estimular a saída de capitais desses mercados, contribuindo para a pressão cambial observada hoje.

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