23/02/2024 às 09h33min - Atualizada em 23/02/2024 às 09h33min
Mercado de soja em baixa reflete margens desfavoráveis para produtores
Preços em queda e lentidão nas negociações acentuam desafios do setor
- Da Redação, com Canal Rural
Foto: R.R.Rufino / Embrapa O mercado brasileiro de soja enfrentou um dia de baixa atividade, marcado por preços em declínio e lentidão nas negociações, principalmente após as quedas registradas em Chicago. Negócios foram realizados durante a manhã desta quinta-feira (22), com preços a serem fixados posteriormente, refletindo a pressão contínua sobre os produtores, que enfrentam margens ruins neste momento.
Os preços permaneceram estáveis a mais baixos ao longo do dia, com algumas disparidades entre os valores de compra e venda em diferentes praças. Em algumas regiões, produtores recusaram os preços oferecidos pelo mercado, o que acabou impactando a fluidez das transações.
Na análise dos preços em diversas regiões brasileiras, destacam-se: Passo Fundo (RS), R$ 115; Região das Missões, R$ 114,50; Porto de Rio Grande, R$ 120; Cascavel (PR), R$ 118; Porto de Paranaguá (PR), R$ 116; Rondonópolis (MT), R$ 104; Dourados (MS), R$ 102; e Rio Verde (GO), R$ 100 (queda de R$ 102).
No mercado internacional, os contratos futuros da soja na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) encerraram o dia em baixa, pressionados pela previsão de clima favorável às lavouras sul-americanas e pela percepção de uma ampla oferta global. A safra esperada no Brasil, apesar dos problemas climáticos, é estimada em cerca de 150 milhões de toneladas, enquanto na Argentina, as expectativas giram em torno de uma produção de 50 milhões de toneladas.
Em relação aos contratos futuros, os preços da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 1,11%, a US$ 11,47 3/4 por bushel, enquanto nos subprodutos, o farelo teve uma queda de 2,07% e o óleo, de 1,38%.