O mercado da pecuária de corte brasileiro começa a semana em composição de espera, quando olhamos para os vendedores de boi gordo e para os compradores. Há uma espera latente observada, todavia, o mercado atacadista de São Paulo começa a impor um cenário bem mais otimista. Trata-se da entrada de recursos salariais da população, mas já se enxerga altas no horizonte durante o mês de novembro com a entrada do 13º salário.
A praça paulista segue com um bom número de dias garantidos para abate. Os números apontam para 17 dias de atividade fabril contratada, arroba do boi gordo negociada em R$ 235 no prazo, com o “Boi China” em R$ 240. No Mato Grosso do Sul a escala vem com 12 dias para o trabalho industrial e arroba negociada em R$ 230 com 30 dias, sem diferença para a carne dos animais que segue para o país asiático. No Mato Grosso a escala também tem 12 dias, com arroba negociada em R$ 208 (média estadual) e “Boi China” em R$ 220.
Em torno das negociações do boi gordo no mercado futuro, os negócios não têm refletido o que já se enxerga no físico e mesmo em dia de ganhos, não espelha a realidade. De certo modo, o futuro do boi gordo está esvaziado e, por conta disso, perde muito do referencial de negócios.
No mercado atacadista de São Paulo há ganhos para a carne bovina, que começa a ver a recuperação em duas frentes: a de consumo e também de preços médio praticados. O Boi casado está sendo negociado em R$ 15,50 o quilo; o traseiro bovino está com R$ 18/kg e o dianteiro a R$ 13/kg. No grande varejo os preços têm subido aos poucos, contudo, não afasta a demanda doméstica, que não tem grande elasticidade para as aquisições, mas tem suportado os ajustes.
Para a semana, devemos ver o mercado ganhando movimentação na quarta e quinta-feira, tentando antecipar um pouco a próxima semana, com encerramento da primeira quinzena de novembro em dia de feriado. Com isso, as propostas devem melhorar em algumas praças de negociação e dar estabilidade em outras. O mercado segue mais otimista para o final de 2023.
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