IBGE: rebanho bovino é de 238,2 milhões de cabeças em 2024 e cai 0,2% ante 2023

POR ESTADÃO CONTEÚDO
18/09/2025 10h28 - Atualizado há 2 horas

Rio, 18 - O rebanho bovino brasileiro totalizou de 238,2 milhões de animais em 2024, uma queda de 0,2% em relação a 2023. Os dados são da pesquisa Produção da Pecuária Municipal 2024, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ou seja, o efetivo de cabeças de gado se mantém acima do número de habitantes no País. Em 2024, a população brasileira somava 212,6 milhões de pessoas.

"Apesar dessa retração, configurou o segundo maior valor da série histórica da pesquisa, sendo superado apenas pelo recorde registrado em 2023", apontou o IBGE.

O ano de 2024 registrou um abate recorde de 39,7 milhões de cabeças. O IBGE lembra que o abate de fêmeas atingiu também um pico em 2024.

"Adicionalmente, verificou-se um aumento na proporção de animais mais jovens abatidos, com destaque para as novilhas", observou o instituto.

O avanço no abate ocorreu em um ano em que as exportações brasileiras de carne bovina in natura também alcançaram novos marcos históricos: o volume exportado saltou 22,8% em 2024, levando a uma alta de 26,9% no faturamento em relação ao ano anterior, mencionou o IBGE, com base nos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

"A China manteve sua posição de principal destino da carne bovina brasileira, absorvendo 52,0% de todo o volume in natura exportado e ampliando suas importações do Brasil em 10,6%. Os Estados Unidos ficaram com a segunda posição, com um aumento de 93,8% nas aquisições de carne bovina in natura brasileira em comparação a 2023", citou o IBGE.

No ranking estadual, Mato Grosso liderou a criação de bovinos, com 13,8% do efetivo nacional, 32,9 milhões de animais. O Pará ocupou a segunda colocação em 2024, com 25,6 milhões de animais, 10,7% do rebanho nacional, seguido por Goiás, com 23,2 milhões de bovinos, uma participação de 9,7%.

O município de São Félix do Xingu, no Pará, manteve a liderança do ranking municipal de efetivo de bovinos, com 2,52 milhões de cabeças, o equivalente a 1,1% do total brasileiro. O segundo lugar foi de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, com 2,2 milhões de animais, 0,9% do efetivo nacional, seguido por Porto Velho, em Rondônia, com 1,79 milhão de bovinos, 0,8% do rebanho brasileiro.

Leite

A produção nacional de leite foi de 35,7 bilhões de litros em 2024, uma alta de 1,4% em relação a 2023.

"O aumento de 1,4% em relação ao ano anterior resultou em um recorde da produção leiteira, considerando a série histórica. Ao mesmo tempo, houve redução na quantidade de vacas ordenhadas", relatou o IBGE.

A Região Sudeste assumiu a liderança na produção de leite, com 33,7% do total nacional, seguida pelo Sul (33,4%), Nordeste (18,0%), Centro-Oeste (10,7%) e Norte (4,7%).

No ranking estadual, Minas Gerais deteve a maior produção, 9,8 bilhões de litros de leite, o equivalente a 27,4% da produção nacional. Paraná produziu 4,6 bilhões de litros, 12,9% do total nacional, e Rio Grande do Sul deteve 4,0 bilhões de litros, uma fatia de 11,3%.

Entre os 5.482 municípios com alguma produção de leite de vaca, Castro, no Paraná, se destacou com 484,4 milhões de litros, 1,4% do total nacional. A segunda posição ficou com Carambeí, no Paraná, com 293,1 milhões de litros, uma fatia de 0,8% da produção brasileira, seguido por Patos de Minas, em Minas Gerais, com 226,9 milhões de litros, 0,6% de participação.

"Por meio da diferença entre o total de leite produzido no País (35,7 bilhões de litros), estimado pela PPM, e a quantidade de leite cru adquirida pelos laticínios sob inspeção sanitária (25,4 bilhões de litros), obtida pela Pesquisa Trimestral do Leite, também do IBGE, é possível inferir que o volume de leite submetido à inspeção sanitária correspondeu a 71,0% do total nacional em 2024", destacou o IBGE.

O efetivo de vacas ordenhadas foi de 15,1 milhões de cabeças, queda de 2,8% em relação a 2023. A produtividade média nacional ficou em 2.632 litros por vaca por ano.

Valor de produção

O valor de produção do leite totalizou R$ 87,5 bilhões em 2024, aumento de 9,4% em relação a 2023. O preço médio estimado foi de R$ 2,45 por litro de leite no ano passado, um avanço de 7,9% ante os R$ 2,31 pagos no ano anterior.

"As importações de leite continuaram a crescer em 2024, sendo 4,6% superiores ao volume importado em 2023 (em equivalente leite). Contudo, esse aumento não foi suficiente para pressionar os preços para baixo", observou o IBGE.

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Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO
FONTE: ESTADÃO CONTEÚDO
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