O mercado do boi gordo ganha ritmo de segunda quinzena do mês de agosto e os valores praticados pela arroba arrefeceram, levemente, desde a sexta-feira do dia 15. Além disso, a escala de abate teve também ligeira elevação. Nada fora do roteiro para a época do ano considerando outros fatores, como a pouca precipitação de chuvas em algumas regiões e menor disponibilidade de pastagens. É natural recuar um pouco após a recuperação dos efeitos pós tarifaço de Donald Trump.
Outro aspecto importante do momento está em um recuo latente de fêmeas nos abates pelo país, algo que foi muito presente no primeiro semestre, principalmente entre janeiro e abril de 2025. Também destaco que a mesma característica esteve presente nos primeiros giros de confinamento, que mesmo quando abatido em julho, não ressentiram a pressão do fim das exportações paras os Estados Unidos, por conta do tipo de contrato firmado.
Pelo Brasil, as praças localizadas em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, seguem chamando a atenção, com preços praticados que superam ou igualam a referência do estado de São Paulo. No prazo, Mato Grosso do Sul tem valores no intervalo de R$ 310,00 e R$ 315,00 por arroba, com pouco mais de seis dias de escala de abate. Mato Grosso conta valores entre R$ 305,00 e R$ 307,00 por arroba, com sete dias de trabalho industrial garantidos e São Paulo, com variação entre R$ 308,00 e R$ 309,00 a arroba e quase oito dias de atividade fabril.
Na ponta do consumo, não há mais data comemorativa em agosto e na parte final a população fica mesmo com menor poder aquisitivo. Por outro lado, as exportações não param de subir e atingiram 135,7 mil toneladas até a terceira semana de agosto/25, com média diária exportada em 12,3 mil toneladas, número 25% superior ao mesmo período do ano passado. Os preços médios pagos pela carne bovina também subiram e alcançaram US$ 5.629,4 mil por tonelada elevação de 26,9% frente ao valor médio de agosto do último ano.