Mercado do boi em tendência de alta (recuperação) em agosto

Fabiano Reis
06/08/2025 09h09 - Atualizado há 1 semana
Mercado do boi em tendência de alta (recuperação) em agosto
Foto: Reprodução

Agosto começou trazendo um melhor ordenamento para a arroba do boi gordo nas praças produtoras brasileiras. Depois de um mês muito “estranho” para a pecuária brasileira, com o anúncio das tarifas de + 50% sobre a carne bovina brasileira, somando 76% de taxa para os Estados Unidos e uma forte pressão na arroba do boi gordo, o mês começou de uma maneira mais equilibrada.

Com uma demanda de boas expectativas em agosto, depois de novo (provável) recorde nas exportações de julho, o mês do Dia dos Pais, começa com uma redução considerável no estoque de carne de bovina no mercado atacadista, redução evidente na escala de abate industrial, expectativas de sequência nos bons volumes e embarcados e também de consumo doméstico, afinal, é começo de mês e temos o “Dia dos Pais”.

Não obstante, há uma busca por novos mercados para embarques da carne bovina brasileira e o fator Estados Unidos parece algo já distante e bem precificado pela cadeia produtiva da carne bovina, pelo tempo no qual as tarifas existirem. No caso específico da carne bovina é possível afirmar, sem receio de erro, que a compra norte-americana será absorvida por outros destinos e, até, com certa facilidade.

A semana começou com a indústria frigorífica nacional com média de oito dias de escala, mas com importantes estados produtores com escalas na casa de seis dias. O movimento coloca a indústria na ponta compradora, com a finalidade de garantir os abates entre os dias 11 e 22 do mês.

Por fim, se considerado apenas os parâmetros do mercado da carne bovina, a tendência e retorno para os trilhos e mais velocidade no movimento de elevação para arroba de boi e de animais de reposição. Em outra ponta, social e política, a prisão domiciliar (ainda sem julgamento e condenação) do presidente Jair Bolsonaro, gera uma macula forte que transcende o fator Brasil. Creio que os desdobramentos podem causar novos impactos, vindos não apenas dos Estados Unidos, mas com potencial de atingir mercados do país e o câmbio.


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