Oferta crescente de animais confinados resulta em acomodação no mercado bovino

O mercado de boi gordo no Brasil testemunhou preços mais acomodados durante a última semana. O analista do Safras & Mercado, Fernando Iglesias, observou um aumento na oferta de animais confinados nos estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Paraná, permitindo aos frigoríficos trabalharem com escalas de abate mais confortáveis.

As mudanças nos preços foram notadas principalmente em São Paulo, enquanto em outros estados, o padrão de negociações se manteve, sem quedas significativas nas cotações. Para o restante do ano, os fatores de demanda continuarão sendo relevantes para dar suporte aos preços da arroba do boi gordo.

Preços enfraquecem no mercado atacadista
A menor reposição entre o atacado e o varejo contribuiu para uma queda nos preços no mercado atacadista ao longo da semana. No entanto, espera-se que o consumo interno, especialmente a partir de novembro, seja um fator importante para a recuperação dos preços.

O quarto do traseiro foi precificado a R$ 18,25 por quilo, uma queda de 1,88% em relação aos R$ 18,60 por quilo da semana anterior. Enquanto isso, o quarto do dianteiro foi precificado a R$ 14 por quilo, uma queda de 2,10% em relação aos R$ 14,30 por quilo praticados no fechamento da última semana.

Exportações
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil geraram US$ 420,856 milhões em outubro (9 dias úteis), com uma média diária de US$ 46,761 milhões. O país exportou um total de 91,285 mil toneladas, com uma média diária de 10,142 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.610,30.

Comparado a outubro de 2022, houve uma queda de 19,4% no valor médio diário da exportação, um aumento de 2,1% na quantidade média diária exportada e uma desvalorização de 21,1% no preço médio.