Rebanho bovino brasileiro atinge recorde de 234,4 milhões de cabeças em 2022

Dados do Ministério da Agricultura e Pecuária revelam aumento de 4,3% na comparação anual

Foto: Divulgação

O rebanho bovino do Brasil atingiu um novo recorde em 2022, com um total de 234,4 milhões de animais, representando um aumento significativo de 4,3% em relação ao ano anterior. Essa informação foi divulgada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta segunda-feira (25), destacando o crescimento impressionante da indústria pecuária do país.

Estes números fazem parte da Pesquisa Produção da Pecuária Municipal 2022, divulgada pelo IBGE na quinta-feira (21), que analisou os efetivos da pecuária em todos os municípios, além dos dados de produção de origem animal e seu valor correspondente a 2022.

A pesquisa revelou um crescimento em todos os efetivos animais, com exceção das codornas, que registraram uma queda de 8,2%. Os plantéis de bovinos e suínos apresentaram um aumento de 4,3% cada, enquanto o de bubalinos cresceu 3%, equestres 0,9%, caprinos 3,9%, ovinos 4,7%, galináceos 3,8% e galinhas 2,4%. Além disso, houve recordes nas produções de mel, com um crescimento de 9,5%, e de ovos de galinha, com um aumento de 1,3%.

O estado de Mato Grosso lidera o rebanho bovino brasileiro com 34,2 milhões de cabeças ou 14,6% do efetivo nacional. Em seguida, o Pará ocupa a segunda posição, com 10,6%, ultrapassando Goiás, que fica com 10,4%. No nível municipal, São Félix do Xingu, no Pará, manteve a liderança após alcançar a marca de 2,5 milhões de cabeças de gado.

Além do rebanho bovino, o efetivo de suínos também cresceu em 2022, registrando um aumento de 4,3%, atingindo o recorde de 44,4 milhões de animais. A Região Sul do Brasil concentra a maior parte desse efetivo, com 51,9% do total.

No que diz respeito aos galináceos, que incluem galos, galinhas, frangos e frangas, houve um aumento de 3,8%, resultando em um recorde de 1,6 bilhão de animais. O estado do Paraná se destacou nesse cenário, com 470,3 milhões de galináceos, representando 29,7% do total nacional. A Região Sul do Brasil lidera com 49,3% do efetivo de galináceos.

Vale ressaltar que o Brasil é o maior exportador mundial de frangos, e a Região Sul, liderada pelo Paraná, concentra a maior parte do abate de frangos do país. Em 2022, o Brasil registrou incrementos no abate e nas exportações, impulsionados pelos casos de gripe aviária nos principais países produtores de frangos, uma vez que o Brasil mantém uma produção comercial livre da doença.

Em relação à produção de peixes, o país também atingiu um novo recorde, com um total de 617,3 mil toneladas. A produção de tilápia se destacou, representando 66,1% do total de peixes produzidos. Além disso, o valor de produção total aumentou 16,4%, alcançando R$ 5,7 bilhões.

O estado do Paraná, líder na produção de peixes, foi responsável por 27,1% da produção nacional, sendo responsável por 75,7% da produção da Região Sul. Rondônia, por sua vez, se destacou na criação de peixes redondos, ocupando a segunda posição no ranking nacional.