Mercado de bovinos em São Paulo tem ausência de compradores

No mercado de boi gordo em São Paulo, observa-se um cenário de negócios desafiador. As indústrias frigoríficas enfrentam dificuldades devido a escalas de abate estrategicamente posicionadas e um consumo interno enfraquecido. Isso tem levado a uma postura mais cautelosa por parte dessas indústrias, refletindo-se na ausência de atividade significativa nas compras.

Os preços das diferentes categorias de bovinos destinados ao abate permanecem relativamente estáveis, com variações mínimas observadas no comparativo diário. As ofertas de compra, por sua vez, têm se mantido abaixo dos valores de referência estabelecidos. 

Atualmente, a arroba do boi gordo é cotada a R$ 210, enquanto a da vaca e da novilha são negociadas a R$ 195 e R$ 206, respectivamente. Estes valores são brutos e referem-se a transações a prazo.

Enquanto isso, o ‘’boi China’’ apresenta cotação de $ 220 por arroba, também em termos brutos e a prazo. Este valor apresenta um ágio de R$ 10 por arroba em relação às cotações tradicionais. 

Exportações 

Nas exportações de carne bovina in natura, o panorama até a terceira semana de agosto indica um volume médio diário de 8,9 mil toneladas, representando um aumento de 0,8% em comparação à média diária do mesmo mês no ano anterior (agosto/22). 

No entanto, o preço pago por tonelada apresenta uma queda significativa de 26,4%, situando-se em US$4,5 mil por tonelada. Tal redução tem como consequência uma diminuição de 25,8% no faturamento médio diário, que agora totaliza US$40,1 milhões.

Este cenário de variações nos volumes exportados e nos preços pagos evidencia a complexidade do mercado de carne bovina in natura, sendo importante acompanhar de perto essas tendências para entender melhor o contexto econômico e as possíveis implicações para os agentes envolvidos neste setor.