O estudo de viabilidade técnica e socioambiental para a construção de uma fábrica de fertilizantes no Rio de Janeiro deverá estar pronto em três meses, segundo o assessor da Secretaria Especial de Assuntos Federativos da Presidência da República, José Carlos Polidoro. A expectativa é que até o final do ano, a planta do projeto esteja aprovada para se pensar no início da obra já no ano que vem.
A planta, que deverá ser construída em Macaé, poderia contribuir com até 10% de diminuição da dependência externa em nitrogênio. O município é o maior produtor de gás natural do país, principal matéria-prima de fertilizantes nitrogenados, respondendo por 60% da produção nacional. Segundo Polidoro, o Brasil precisa quadruplicar a produção de fertilizantes nos próximos 25 anos, e a planta em Macaé seria uma importante contribuição para alcançar essa meta.
Uma planta de fertilizantes nitrogenados exige investimento entre US$ 2 bilhões e US$ 3 bilhões e gera 5 mil empregos diretos e indiretos na fase de construção. Quando em operação, gera entre 500 a 600 empregos que exigem alta capacitação e oferecem bons salários. "É uma indústria que tem longa vida. Tendo gás, ela vai produzir aí fertilizantes por mais de 50 anos", destacou Polidoro.
O Plano Nacional de Fertilizantes, criado em março do ano passado, é uma das prioridades do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que visa diminuir a dependência externa, já que o país importa 85% dos fertilizantes. Segundo Polidoro, sem fertilizantes, o Brasil não faz agricultura em nenhum nível.
Da Redação, com Agência Brasil