16/02/2023 às 10h03min - Atualizada em 16/02/2023 às 10h10min

Mapa reforça vigilância para impedir chegada da Influenza Aviária

Após a confirmação de casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves silvestres na Argentina e no Uruguai, o ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro, reforçou a importância do aumento das medidas de vigilância no país.

A influenza aviária é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente aves domésticas e silvestres, mas não é transmitida pela carne de aves e nem pelo consumo de ovos.

O Brasil é considerado livre da doença, mas medidas preventivas estão sendo tomadas, incluindo o fortalecimento da fiscalização pelo Ministério da Agricultura e o aumento da vigilância passiva, que consiste na comunicação da doença por produtores e cidadãos que percebem sintomas em aves caseiras ou silvestres.

Ao perceber aves com sinais respiratórios, nervosos, digestivos ou alta mortalidade, a informação deve ser feita imediatamente ao Serviço Veterinário Oficial municipal ou pela internet na plataforma e-Sisbravet.

O ministro Carlos Fávaro enfatizou que o sistema de vigilância do Brasil é eficiente e está preparado para enfrentar e garantir as exportações do país e o status de liderança regional na vigilância sanitária.

O risco mais agudo da entrada da doença no país acontece até abril e maio, relacionado à migração das aves, e por isso é importante manter a vigilância ativa e passiva.

O Mapa já tem um plano de contingência elaborado para desenvolver ações no caso da entrada da doença no país, incluindo ações de bloqueio da área e outras ações previstas dentro do plano que serão executadas em um raio de 10 quilômetros da detecção.

O departamento de Saúde Animal do Mapa está em contato em tempo real com as autoridades sanitárias dos países vizinhos e uma reunião está sendo agendada com todo o Sistema Brasileiro de Defesa Agropecuária, que reúne órgãos públicos e representantes da iniciativa privada, para estabelecer a cadeia de comando e ação para os casos de detecção ou sintoma de influenza aviária. O objetivo é garantir a manutenção do status de país livre da doença e a proteção da avicultura brasileira.


ABPA diz que caso não suspende comércio aviário

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou em nota que o recente caso de influenza aviária em uma ave silvestre no sul do Uruguai não suspenderá o comércio e exportações de produtos avícolas. A entidade está em contato direto com a indústria avícola do Uruguai e da América Latina e monitorando o quadro junto às nações vizinhas em conjunto com o Ministério da Agricultura do Brasil.

A ABPA destacou que o Brasil nunca registrou focos de influenza aviária e segue livre da doença em seu território, graças aos protocolos de biosseguridade adotados pela indústria avícola, como o controle do fluxo de aves e rações, a desinfecção de veículos e a proteção das propriedades contra aves migratórias.

Da Redação, com Mapa e ABPA

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