O México ampliou a abertura para a carne suína brasileira, permitindo que o produto seja importado in natura, sem a necessidade de processamento térmico prévio. Com os requisitos sanitários e o Certificado Sanitário Internacional (CSI) acordados entre os dois países, a comercialização da carne suína crua, inteira ou em pedaços, incluindo carne mecanicamente separada (CMS) e toucinho, não sofrerá restrições em seu comércio direto.
Essa decisão representa um grande avanço para o mercado de carne suína do Brasil. Agora, qualquer rede de supermercados, trading ou importador direto poderá importar o produto sem interferência do governo.
O Ministro Carlos Fávaro ressalta que essa é mais uma boa notícia para o agronegócio brasileiro, mostrando que o mundo está abrindo oportunidades para os produtos nacionais. Além disso, o México é um mercado de cerca de 1,5 milhão de toneladas por ano, o que representa um importante ganho para a produção de carne suína do país.
A Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) prevê que a ampliação do mercado mexicano para a carne suína brasileira representará um potencial significativo para a proteína animal no Brasil, atendendo às necessidades da população mexicana de aumentar os volumes de oferta.
Anteriormente, a carne suína brasileira exportada para o México era restrita apenas para produtos de processamento térmico, com a necessidade de que o importador fosse um estabelecimento tipo SIF (Serviço de Inspeção Federal) e tivesse todo o processo rastreado para comercialização. Essa restrição limita a importação da carne suína brasileira a um pequeno grupo de empresas do ramo de processamento de carnes.
Agora, com a ampliação do mercado, a carne suína brasileira poderá ser comercializada por um número maior de empresas e de forma direta.
Com seis plantas de abate e processamento já habilitadas, a previsão é que mais três plantas sejam autorizadas a exportar para o México. Essas habilitações são de plantas que já estão habilitadas a exportar aos Estados Unidos e Canadá. De acordo com a SCRI, o México foi o segundo principal importador mundial de carne suína in natura em 2021, com 917 mil toneladas, atrás somente da China.
A ampliação do mercado mexicano para a carne suína brasileira é uma oportunidade para a indústria brasileira de carne suína ampliar de seus negócios e aumentar a sua presença no mercado global.
Da Redação, com Mapa
