Onze frigoríficos do Mato Grosso são alvos de inquéritos civis abertos pelo Ministério Público Federal (MPF). Em nota, o MPF relata que faz análise dos frigoríficos que não assinaram o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no projeto da Carne Legal, explica o procurador da República titular do 1º Ofício Ambiental em Mato Grosso, Erich Masson. A informação é do próprio MPF mato-grossense, segundo o site CarneTec.
Na relação, estão o Frigorífico Borges de Carvalho & Cia (Frigo Nelore), Frigorífico Brasfri, Frigorífico J Renato Blau-ME (Frigorifico 2R), Frigorífico New Beef Company (New Beef), Frigorífico Frigoestrela, Frigorífico Rondonópolis, Frigorífico Nutrifrigo Alimentos, Frigorífico Mataboi Alimentos (Prima Foods), Frigorífico Santo Afonso, Frigorífico Monte Verde e Indústria Frigorífica Boa Carne.
O objetivo das investigações é identificar aqueles que estão comprando animais prontos para o abate em criadouros de áreas de desmatamento ilegal, trabalho análogo ao escravo, ou terras indígenas e unidades de conservação invadidas.
O MPF identifica a origem do gado, e certifica se a área possui algum tipo de embargo ou alerta de desmatamento e se houve autorização para o desmatamento. Se não existe autorização, a área é considerada como desmatamento ilegal.
O procurador, Erich Masson, diz que “negociamos com os frigoríficos a assinatura do TAC, para que eles também façam parte do Programa Carne Legal. Inclusive essa é uma demanda dos próprios frigoríficos que já fazem parte do TAC”.
“O objetivo é trazer todos os frigoríficos para dentro do Programa Carne Legal para que todos façam uma análise socioambiental da compra e para que todo mundo fique nivelado, que o critério seja igual para todos”, completa.
Da Redação