A Organização Meteorológica Mundial (OMM) confirmou nesta terça-feira (2) que o fenômeno climático La Niña voltará a atuar a partir de setembro. Ele é marcado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico e influencia diretamente o clima em várias partes do mundo.
Segundo a meteorologista Desirée Brandt, da consultoria Nottus, a principal mudança será um verão com chuvas acima da média no Norte e no Nordeste do Brasil. Já no Sul, especialmente no Rio Grande do Sul, há risco de estiagem.
A previsão é que as chuvas para o início da safra de verão cheguem de forma gradual, com pancadas pontuais no fim de setembro e maior regularidade em outubro. Isso deve favorecer um plantio escalonado, acompanhando a chegada da umidade.
Entre dezembro e fevereiro, a projeção é de chuvas mais intensas em quase todo o país. Porém, existe o risco de “invernada” em janeiro, período de precipitação prolongada que pode dificultar o manejo das lavouras e favorecer doenças fúngicas.
De forma geral, a expectativa para a safra é positiva, já que não há risco de bloqueios atmosféricos ou estiagens prolongadas.