O Panorama da Pequena Industria, índice da Confederação Nacional da Indústria (CNI) indicou que as pequenas empresas ganharam fôlego no último trimestre de 2021. O Índice de Desempenho desacelerou mais ainda do que o esperado, e ficou em 47,7 pontos, levemente acima dos resultados do quarto trimestre de 2021, na comparação com os anos anteriores. O indicador vai de zero a cem e, quanto mais elevado a indicação, significa uma melhor performance.
É o segundo ano consecutivo que o índice é positivo no período. O gerente de análise da CNI, Marcelo Azevedo, disse que “normalmente, é esperada uma queda na transição do terceiro para o quarto trimestre. Nos últimos dois anos, essa desaceleração foi mais suave, o que é uma boa notícia, pois significa que mantiveram suas atividades de produção em ritmo”.
Mesmo com o bom desempenho, um segundo indicador, o Índice de Situação Financeira ficou em 42 pontos, uma queda de 1,1 ponto quando comparado ao último trimestre de 2020, Mas acima da média histórica desse indicador, que é historicamente de 37,7 pontos.
Azevedo destaca ainda que “independentemente do segmento industrial, seja extrativa, de transformação ou de construção, no quarto trimestre de 2021, o pequeno empresário relatou estar com mais dificuldade que o normal para acessar crédito”.
Nesse período medido, os maiores problemas enfrentados pelas empresas foram falta ou preços altos da matéria prima e a elevada carga tributária.
A falta de matéria-prima e os preços elevados foram os no topo mais prejudicais às pequenas empresas dos setores extrativo, de transformação e de construção. No último trimestre, no entanto, houve redução, mais notadamente na Indústria da Construção, com queda de 11,2%.
Pequenas empresas continuam otimistas
Um terceiro índice da CNI, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) voltado a nas pequenas indústrias foi de 55,9 pontos no primeiro mês de 2022. Uma queda de 1,8 ponto em relação a dezembro do ano passado. Portanto, houve uma reverão avanço da confiança que foi registrado entre novembro para dezembro de 2021.
Mesmo assim o índice ficou acima de 50 pontos, que separa confiança de falta de confiança. Também acima da média histórica, que é de 52,8 pontos. Por isso, avalia-se que o empresário está otimista, mas com menor confiança do que em dezembro.
O CarneTec registra que “o Índice de Perspectivas da pequena indústria começou o ano favorável: aumentou de 50,2 pontos, em dezembro de 2021, para 50,9 pontos, em janeiro de 2022. O resultado está bem acima de sua média histórica (46,4 pontos)".
O Panorama da Pequena Indústria elenca quatro indicadores: desempenho, situação financeira, perspectivas e índice de confiança. A composição dos índices leva em consideração itens como volume de produção, número de empregados, utilização da capacidade instalada, satisfação com o lucro operacional e situação financeira, facilidade de acesso ao crédito, expectativa de evolução da demanda e intenção de investimento e de contratações”.
Da Redação, com informações do CarneTec.