O mercado de café registrou forte valorização nesta terça-feira (19). O arábica alcançou o maior preço em mais de dois meses, enquanto o robusta chegou ao maior nível em dois meses, segundo dados da Barchart.
O movimento acontece em meio à cobrança de tarifas de 50% pelos Estados Unidos sobre a importação do grão brasileiro. Compradores americanos estão cancelando contratos, o que aumenta a pressão nos preços internacionais.
Outro fator que pesa é a oferta menor. O Vietnã, maior produtor de robusta, está em entressafra, e no Brasil os agricultores seguram os grãos, priorizando entregas futuras.
“O mercado ficou mais comprador, com menos vendedores, e isso empurrou as cotações para cima”, explicou Vicente Zotti, da Pine Agronegócios.
Em Nova York, o arábica para setembro fechou a 356,20 cents por libra-peso, alta de 1.260 pontos. O robusta encerrou em US$ 4.410 por tonelada no contrato de setembro, alta de US$ 255.
No Brasil, o arábica tipo 6 subiu 4,69% em Franca (SP), para R$ 2.230 a saca. Em Varginha (MG), o preço foi a R$ 2.170, alta de 4,83%. Já em Maringá (PR), a saca ficou em R$ 1.950, avanço de 4,28%. O cereja descascado também teve ganhos, chegando a R$ 2.470 em Poços de Caldas (MG).