A Bolsa de Mercadorias e Futuros de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta quinta-feira (7) em alta, influenciada pela repercussão da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos às importações brasileiras. Analistas apontam tendência altista de curto prazo, já que compradores americanos podem buscar café em outras origens, pagando mais caro.
O movimento de valorização também foi sustentado pela queda nas exportações brasileiras em julho e pela redução nos estoques certificados da bolsa, cenário que reforça a percepção de oferta mais restrita. Além disso, a previsão de uma massa de ar polar sobre o cinturão cafeeiro brasileiro gerou receio de geadas pontuais, embora não se espere impacto amplo na produção.
As altas, porém, foram contidas pela preocupação de que preços mais elevados ao consumidor americano possam reduzir a demanda e por barreiras técnicas no gráfico, com o mercado sem força para romper a linha dos 300 centavos. No fechamento, o contrato setembro subiu 4,40 centavos (1,5%), para 297,80 centavos de dólar por libra-peso, enquanto o dezembro avançou 4,75 centavos (1,6%), a 291,15 centavos.
