As entidades do setor cafeeiro brasileiro voltaram a demonstrar preocupação com a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre o café nacional, em vigor desde o final de julho. Em novas notas públicas, o Cecafé e a ABICS alertam para os impactos econômicos e comerciais da medida, que pode comprometer o mercado norte-americano, principal destino do café brasileiro.
O Cecafé destacou que os EUA são os maiores consumidores mundiais de café, absorvendo mais de 24 milhões de sacas por ano, sendo 8,1 milhões apenas do Brasil. A entidade trabalha com seus pares americanos e o governo brasileiro para incluir o café em uma lista de isenções.
A ABICS, por sua vez, afirma que o café solúvel será o mais penalizado pela nova política, já que seus principais concorrentes, como o México, continuam isentos ou enfrentam tarifas menores. A associação pede uma solução imediata para evitar a perda de competitividade e impactos no consumo.
As entidades também mencionam o interesse crescente da Ásia, principalmente da Índia e da China, mas reconhecem que esses mercados ainda não conseguem absorver volumes semelhantes ao dos EUA.